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Quando era presidente do INPS na década de 1970, no Rio de Janeiro, o deputado federal Reinhold Stephanes participava de um grupo que jogava pelada todo fim de semana.

Faziam parte desse grupo, entre outros, o apresentador Mieli e o ator Francisco Milani. Num jogo especial – Stephanes atuava na ponta direita –, apareceu um novo jogador para fazer parte do grupo. Era um sujeito invocado, que durante todo o primeiro tempo quase não tocou na bola, mas falava, gritava e reclamava o tempo inteiro, além de xingar os parceiros.

No intervalo, se sentindo um dos alvos do ranzinza, o atual deputado comentou com o Mieli:

– Quem trouxe essa cara? Ele não faz nada e só reclama. Tem que avisar o pessoal para trazer pessoas que entendam pelo menos um pouco de futebol.

Mieli pediu um tempo, foi até sua mochila, e entregou-lhe dois ingressos do espetáculo que comandava no Leblon. Stephanes quis saber a razão do presente e o Mieli explicou:

– É seu prêmio. Você acabou de falar que o Armando Nogueira não entende nada de futebol.

Reinhold mordeu a língua e daquele dia em diante passou a admirar ainda mais o famoso comentarista.

Motta Ribeiro e o quibe da praia – O cartorário Luiz Gonzaga da Motta Ribeiro ao reclamar do tamanho do quibe vendido pelo popular Neno, nas areias da Praia Mansa, em Caiobá, ouviu em resposta, como conta o médico Zenon Herrera:

– Se quiser comer bastante carne vá a uma churrascaria.

Histórias do Maurício – Quando foi indicado a concorrer às eleições para a Prefeitura de Curitiba, Maurício Fruet era deputado federal. Quem assumiria seu lugar era o suplente Dílson Fanchin, de Ponta Grossa.

Sob o pretexto de comemorar a ascensão do Fanchin ao cargo, Maurício convidou um grupo de parlamentares para um jantar no Pientella, em Brasília. E pagou a conta.

Só que Maurício tinha "vendido" ao novato os móveis e utensílios do gabinete por 800 mil reis.

Em outra oportunidade, quando era deputado estadual, Maurício pregou uma peça no deputado Gilberto Carvalho, que tinha base forte em Marumbi. Fabiano Braga Cortes era o presidente da Assembléia.

Gilberto discursava e Maurício, mostrando indignação, pediu um aparte:

– Sr. presidente, exijo o cumprimento do regimento interno?

Atônito Fabiano indagou onde o regimento fora ferido:

– O orador deve falar em pé! – rematou Maurício.

Gilberto era baixinho.

O medo da Letícia Ganho – Letícia, 8 anos, neta do Hamílton Ganho, dono do Ball Bull, ao ouvi-lo falar que iria passar uma temporada nas águas mornas de Tubarão (SC), perguntou:

– Vô, você não tem medo que o tubarão te pegue?

Carla, a fome e o sino – O advogado Antônio Rubinê Abrão tem uma filha, a Carla, que é casada com o José Theododo, ambos odontólogos e moradores em Atibaia, no interior paulista. O casal tem uma filha de 3 anos, chamada Beatriz, que estuda no Externato São José, em regime semi-interno.

A exemplo de outros colégios religiosos, a disciplina ali é rigorosa e todas as atividades são comandadas através da percussão de um sino. Certo dia a Beatriz não almoçou direito e sentiu fome antes do horário da próxima refeição e, sem cerimônias, procurou uma das suas orientadoras para pedir o adiantamento do seu lanche. Com muito jeito, a irmã que lhe deu a atenção explicou que seu pedido seria atendido assim que o sino tocasse.

Aparentemente conformada, a pequena retirou-se sem contestação, porém, ato contínuo, dirigiu-se até o sino e o acionou.

A criançada toda correu para o refeitório que, evidentemente, ainda não estava preparado para recebê-las, como conta o dentista e amigo Patrício Caldeira de Andrade.

A coluna é dedicada a Carlos Balhana, professor da Universidade Federal do Paraná, em agradecimento pelo envio dos magníficos livros "Um Mazzolino de Fiori", de autoria da professora e doutora Altiva Pilatti Balhana.

Bacalhau à brasileira

A senhora Luci Lucca Arriola (ex-funcionária da Gazeta do Povo), esposa do meu chapa Noazir Arriola, é também excelente cozinheira. Um dos pratos que é de sua lavra é esse excelente bacalhau à brasileira.

Ingredientes:Dois quilos e meio de bacalhau, demolhado por 48 horas em água fria e que deve ser trocada 7 vezes (como ensinam os portugueses) e ainda cozinhe, em um pouco de água, por 15 minutos. Dois quilos de mandioca cozida em caldo de galinha; um pacote de manteiga; azeite de oliva a gosto; sal e pimenta do reino moída a gosto; uma colher de chá de noz-moscada; 500 mililitros de creme de leite fresco; três cebolas médias picadas; cinco dentes de alho picados; queijo parmesão ralado a gosto e salsa crespa picada.

Modo de preparar:Cozinhe a mandioca no caldo de galinha. Escorra e esprema com um garfo, eliminando os fiapos e acrescente o creme de leite, manteiga, noz-moscada, pimenta e o sal. Coloque a salsa e reserve. Doure a cebola e o alho no azeite.

Separe o bacalhau em pedaços. Monte numa vasilha refratária: uma camada com a metade do purê de mandioca e sobre esta o bacalhau em pedaços. Salpique com a cebola e o alho dourados no azeite de oliva e cubra com o restante do purê de mandioca. Polvilhe com o parmesão e leve ao forno por cerca de 15 minutos.

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