O ilustre leitor já deve ter notado que aqui nesta página a gente vai para onde quer. Uma vez estamos lá para os lados do Portão e Capão Raso, noutras viajamos do BacacherI ao Prado Velho e assim vamos curtindo os tempos que já se foram, dessa velha Curitiba que cada dia que passa vai perdendo a poesia de antanho e despencando cada vez mais num progresso descontrolado. Descontrolado? Digamos, com amenidade, bagunçado!
No momento poderíamos considerar que assistimos um espetáculo circense de humor, um humor negro, igual ao daquele individuo que com uma faca cravada nas costas se queixava de sentir dor só quando ria. Seriamo-nos uma espécie de hienas que se alimentam de carcaças e acasalam uma única vez por ano e vivem rindo. Rindo de que?
Rindo das trapaças dentro da Câmara Municipal, sorridentes e felizes apesar de apinhados dentro dos ônibus que fazem o transporte coletivo, segundo a tiurma que se autodenomina de planejadores, o melhor do Brasil e, quiçá, do mundo. Nós, curitibanos, somos obrigados a escutar diariamente um rosário de aleivosias declaradas por nossos políticos, que se consideram descidos do Monte Olimpo e que vieram para governar (enganar) um magote de parvos.
De minha parte sacarei primeiro. Sacarei a arma que me adestrei com os dez dedos, o meu titulo de eleitor que, graças a Deus, não está impresso em papel higiênico. Terei a satisfação, junto com os justos, ajudar aniquilar a canalhada. Ainda que existam os que trocam seus votos por um pedaço de pão mal besuntado com molho.
Que tal? Os taxis agora serão arrolados como herança. Serão propriedades ad eternum das famílias dos taxistas. Concessão pública! Aí vai haver grita, os donos de bancas de jornais também querem, junto com outras concessões e tudo mais que possa ser usado para captar votos. Parece que em tempo de eleição vale tudo.
O povão dos bairros está botando a boca no trombone. Querem suas ruas asfaltadas, não com a porcaria das colchas de retalhos dos ditos antipó. Querem asfalto do bom, igualzinho ao que está sendo aplicado nas ruas que servem à elite, aquele que existe e está adequado e apesar disto está sendo trocado por um novo.
Hoje vamos voltar ao lugar onde o vento encosta o cisco. Exatamente no lugar mais badalado e, também, mais execrado de Curitiba: a Boca Maldita. Voltamos a pisar o lugar sinistro de Curitiba, arrepiante pelo seu piso destrambelhado de petipavê, cheio de altos e baixos causador de inúmeras quedas, principalmente dos pedestres com problemas naturais de locomoção e de idade. Espaço onde a prefeitura e seus departamentos afins deitam e rolam.
Nada como uma viagenzinha ao passado, documentada por imagens, para lembrar que, também ali, as coisas acontecem meio na surdina, umas passageiras, outras que se eternizam, ficando como se sempre existiram. Logo, logo, aquele espaço vai estar lotado de banquinhas, de arautos embandeirados, de papeis espalhados e tudo mais que se usa para tentar iludir eleitores menos solertes. Reco-recos e matracas, pode até surgir alguma língua-de-sogra numa verdadeira quermesse, num Mercado Persa onde ilusionistas, prestidigitadores e outros mágicos estarão mostrando serem os melhores e os mais honestos indivíduos a querer governar o município. Desta vez, acredito, quase ninguém irá no embrulho. Vamos às fotos históricas da Boca.
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