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Nostalgia

A Copa em Curitiba, realidade ou ficção?

O atleticano torce pelo time até debaixo d’água. Março de 1949 |
O atleticano torce pelo time até debaixo d’água. Março de 1949 (Foto: )
Time do Atlético em 1949, o verdadeiro Furacão |

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Time do Atlético em 1949, o verdadeiro Furacão

A geral lotada, tendo acima a cabine de rádio. 1939 |

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A geral lotada, tendo acima a cabine de rádio. 1939

Estacionamento na Rua Buenos Aires em dia de Atletiba, em 1945 |

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Estacionamento na Rua Buenos Aires em dia de Atletiba, em 1945

A geral do lado da Fábrica de Viaturas. Ao fundo, o bosque Pinheiros.1946 |

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A geral do lado da Fábrica de Viaturas. Ao fundo, o bosque Pinheiros.1946

A geral dos fundos ou do bosque, em janeiro de 1946 |

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A geral dos fundos ou do bosque, em janeiro de 1946

As arquibancadas mistas, aumentada com duas de madeira. Janeiro de 1949 |

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As arquibancadas mistas, aumentada com duas de madeira. Janeiro de 1949

Não existe outro assunto, principalmente nos meios políticos da cidade. O governador, o prefeito e outros que desejam se promover estão numa luta ferrenha para que em 2014 a capital paranaense seja sede de uma, duas ou até três partidas da futura e longínqua disputa pelo título mundial de futebol.Para que o evento consiga ser realizado em Curitiba, a primeira exigência da Fifa é que a Arena da Baixada – conhecida pelos atleticanos de cepa como Estádio Joaquim Américo Guimarães – terá de ser concluída, e que a obra esteja nos conformes ordenados por aquela entidade. Como se não bastasse isso, a cidade também tem de dançar conforme a valsa fifiense – ou seja, ficar arrumadinha numa toalete primeiro-mundista. Que incoerência! Curitiba então não é uma cidade do Primeiro Mundo? Ou será que fomos enganados por aquele americano que disse: "Curitiba é uma das três melhores cidades do mundo para se viver!" Como o Clube Atlético Paranaense é uma sociedade particular, não pode de maneira alguma receber dinheiro do poder público para aumentar o seu patrimônio. Muito bem, o nosso governador – viva ele, como diria aquele trêfego puxa-saco –, pois é, o nosso governador já chegou à conclusão de que dinheiro do povo não pode entrar na Arena. Entretanto, a magia sempre aparece, em se tratando do famoso dinheiro da viúva.

Agora, a solução encontrada vem da prefeitura. A construtora que topar terminar o estádio do Atlético vai receber em pagamento 90 milhões em títulos de potencial construtivo, com a ressalva de que não poderá usar ou vendê-los todos numa vez só. Tem de ser aos pouquinhos, um tantinho por ano. Se tomarmos por base que a própria prefeitura levou cinco anos para vender 25 milhões em potenciais construtivos – ou seja, 5 milhões por ano –, o feliz ganhador da concorrência levará vinte anos para receber uma obra que obrigatoriamente terá de ser entregue em três anos.

Para concluir; sabemos que este imbróglio vai longe. Ainda mais se a nossa mui experimentada Câmara Municipal resolver abrir os olhos para que os tais títulos também não passam de verba pertencente ao município e que, quando efetuados, o dinheiro recolhido só pode ser usado em beneficio da comunidade. Especi­­ficamente, na preservação do patrimônio histórico e na proteção do meio ambiente. Já diz o velho ditado: "quem faz um cesto, faz um cento!" O clube conseguiu fazer, e bem feito, três quartas partes da Arena, agora para terminar essa última está ocorrendo um verdadeiro parto da montanha?

Para que não existam dúvidas, sou torcedor do Atlético de longa data, desde antes da existência do verdadeiro Furacão. Tive o privilégio de ter como amigo o Caju, Alfredo Gottardi, a quem muitas vezes presenciei seu trabalho feito nas horas de folga, quando assentava tijolos para aumentar os degraus das gerais do Estádio Joaquim Américo.

Para os velhos atleticanos ma­­tarem as saudades e para que os mais novos tenham conhecimento de como era, segue uma coletânea de antigas fotos da velha Baixada, onde se instalou o mais antigo estádio de futebol do Paraná, isto em 1914.

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