A Praça Zacarias em 1920| Foto: Acervo histórico CD
A Praça Zacarias em 1935, sua calçada era laje de cimento
Vista panorâmica da cidade e a Praça Zacarias em primeiro plano em 1948
O movimento na Praça Zacarias em 1950
Ponto de lotação para o Portão, ao fundo a Praça Zacarias em 1951
Praça Zacarias em janeiro de 2012
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Quem gosta de caminhar pela cidade, principalmente em dias mais calmos, vai encontrando certos cantos que preservam alguns encantos históricos da velha Curitiba. A Praça Zacarias é um desses recantos onde sobraram apenas duas edificações mais antigas, o Museu de Arte Contemporânea e o sobrado da esquina da Rua Dr. Murici com Marechal Deodoro, onde por muito tempo funcionou a Boate Marrocos.

Em 1965 a Praça Zacarias passou por uma reforma radical, tendo ocorrido a descaracterização do monumento original em memória ao seu patrono e instalador da Província do Paraná, cuja homenagem foi prestada com a sua inauguração em 19 de dezembro de 1915. Na década de 1980 o pedestal histórico do monumento foi restaurado graças a uma reportagem aqui da Gazeta do Povo.

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O antigo Largo dos Quartinhos, Largo do Museu, Largo da Ponte e Largo do Chafariz, nomenclaturas batizadas popularmente, sofreu em sua existência várias reformas onde sempre estiveram: o monumento a Zacarias de Goes e o chafariz construído pelo engenheiro Antônio Rebouças e inaugurado em 1871. Como vimos, o monumento foi mutilado e posteriormente restaurado, já o chafariz, que foi a primeira água encanada de Curitiba, foi transferido como peça histórica para o pátio do Museu Paranaense, quando estava na Rua Buenos Aires, em 1936, voltando à praça quando o Museu foi demolido, em meados de 1960.

Por ocasião das comemorações dos pretensos 300 anos de Curitiba, a prefeitura resolveu colocar a peça, já mutilada, do chafariz, como adorno do repuxo modernoso existente na praça, destituindo assim o seu valor histórico, rebaixando-a a mero enfeite.

O transeunte que circular pela Praça Zacarias tem que tomar muito cuidado com o pavimento irregular da sua calçada cheia de altos e baixos e inclinada principalmente nas entradas de lojas e prédios, colocando em evidência o perigo de causar quedas a quem por ali passa, principalmente nos dias de chuva. O aludido piso, feito com as ditas pedras portuguesas e aqui conhecido como petit-pavê, foi mexido e remexido durante os últimos 40 anos para as mais diversas instalações no subsolo e na sua recomposição. Ficaram as marcas grotescas de mãos de obras sem técnica ou conhecimento algum.

Agora vamos às fotografias que nos transportam a diversas fases da Praça Zacarias nos últimos 90 anos.