A Curitiba da atualidade expandiu seus limites municipais integrando-se com seus vizinhos e formando o que se convenciona chamar como área metropolitana. Essa agregação aconteceu há poucos anos, quando começou a explosão populacional em meados de 1970. Vamos dar um volteio na velha capital quando os habitantes dos arrabaldes diziam que iam até a cidade ao se referir ao centro da urbe.

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Há poucos dias batemos um papo, no bar do Maneco, com o César Eugênio Gasparin, nosso amigo e leitor. Comentamos sobre os bairros onde se instalaram seus antepassados, Capão Raso, Portão e Água Verde. Italianada alegre e trabalhadora, a maioria conhecida e amiga aqui do escriba. Colaborando com a Nostalgia, o César nos entregou várias fotos antigas e das quais estamos usando uma delas nesta página.

A imagem mostra os irmãos Eugênio e Eleutério Gasparin em suas montarias trajando roupas domingueiras, pelos idos de 1925, prontos para cavalgarem do então longínquo arrabalde do Capão Raso até a cidade, ou seja, até o centro de Curitiba onde amarravam seus cavalos nas argolas que existiam encravadas nos meio-fios, especialmente colocadas para tal fim, na região do Largo da Ordem, e davam a sua voltinha a pé pelas cercanias. Isto acontecia uma vez ou outra, em algum domingo muito especial.

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Hoje, além da foto dos irmãos Gasparin, vamos mostrar imagens de três arrabaldes de Curitiba de cinqüenta e sessenta anos passados. No arrabalde do Pilarzinho vemos a Rua Tapajós em confluência com a Desembargador Hugo Simas, sendo que para o alto está as Mercês. O fotógrafo Arthur Wischral registrou esta imagem em dezembro de 1943.

A terceira foto, também do mesmo autor, nos mostra outro arrabalde que o curitibano conhecia bem e quando se referia a ele dizia: Lá para as bandas do Asilo. Estamos vendo a abertura da Rua Chile no sentido da Marechal Floriano para o bairro da Água Verde. A fotografia foi tirada em junho de 1943.

Na última fotografia vemos um trecho da Avenida República Argentina, justamente no Capão Raso, quando a mesma estava sendo preparada para receber o asfalto em março de 1958. Com as melhorias que foram introduzidas nas vias públicas e com o aumento da população, estes velhos arrabaldes passaram a nomearem-se bairros de Curitiba.