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A fotografia é de 1939, no lugar do antigo engenho de mate surgiu uma nova construção que abrigava o Colégio Liceu Rio Branco, e o local urbanizado recebeu o nome de Praça Miguel Couto. Mais tarde, como lembrança, o historiador David Carneiro patrocinou o monumento com o busto do Barão do Serro Azul, que está no centro do logradouro | Acervo - Cid Destefani
A fotografia é de 1939, no lugar do antigo engenho de mate surgiu uma nova construção que abrigava o Colégio Liceu Rio Branco, e o local urbanizado recebeu o nome de Praça Miguel Couto. Mais tarde, como lembrança, o historiador David Carneiro patrocinou o monumento com o busto do Barão do Serro Azul, que está no centro do logradouro| Foto: Acervo - Cid Destefani
  • Em 1913, o mesmo engenho já pertencia à firma Leão Junior & Cia. Agora, a Rua Bispo D. José já era servida pelos bondes elétricos
  • A Baronesa do Serro Azul, não podendo administrar o Engenho Tibagy, repassou-o ao ervateiro Francisco Fido Fontana. Na foto, um carregamento de barricas de mate em bondinhos de mulas, com destino à estação da estrada de ferro, por volta de 1905
  • Em meados de 1880, essa era a visão que se tinha da atual

Ao me propor escrever um livro sobre o bairro em que nasci e também onde nasceram meu pai e seus irmãos – desde que ali se instalaram meus avôs, imigrantes italianos –, jamais pensei que iria encontrar uma parada dura pela frente. Muita gente está interessada em saber como vai indo a empreitada a que me propus. Posso afirmar que vai indo.

O que me levou a tomar a pulso tal tarefa se prende ao fato de um primo, o frei capuchinho Dionysio Destéfani, que viveu durante mais de 20 anos em Roma, ter publicado em 1993, na Tipografia Aldo Palombi, na capital italiana, o livro que traz um levantamento sobre as famílias Stolf e Destéfani, instaladas respectivamente em Rodeio, no vizinho estado de Santa Catarina e aqui em Curitiba. A pesquisa do ilustre parente se aprofunda até meados do ano de 1700, trazendo à luz uma sequência genealógica até então desconhecida pelos Destéfani curitibanos.

Calcado na obra do frei Dionysio, resolvi ir buscar as origens italianas e, posteriormente, quando da instalação no Brasil, em Curitiba, mais precisamente no bairro do Batel, do avô Destéfani e da avó Muggiati, que, na Itália, moravam a menos de 150 quilômetros de distância e vieram a se conhecer e casar na capital do Paraná. A viagem ao passado é feita de maneira a levantar como era o bairro curitibano de 1880 até 1936 e daí para frente, até a década de 1960, quando já entra a minha memória de vida.

Como jornalista que sou, sempre calcando meus textos em fotos históricas, não poderia deixar de fora ilustrações importantes e de grande valia quando se fala em tempos passados, tais imagens ajudarão os leitores a se transportar aos momentos vividos, por mais de oito décadas, naquele espaço da Velha Curitiba.

Tenho recebido a colaboração de inúmeros leitores que moram ou moraram no Batel. Muitos lembrando de seus tempos, como eram os tipos populares, as casas comerciais que já não mais existem. Tudo isso somado à colaboração de fotos antigas da região, ricas imagens que, por vezes, dispensam palavras.

Hoje, para dar uma ideia aos leitores da Nostalgia, estamos publicando quatro fotografias de um local que fica no centro do Batel; a primeira é datada de 1885, sendo a última de 1939. Com a diferença de pouco mais de 50 anos, elas mostram a transformação pela qual o referido ponto passou.

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