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Decoração carnavalesca feita pela prefeitura na Avenida João Pessoa, atual Luiz Xavier. Em foto tirada no dia 24 de fevereiro de 1952 | Acervo Cid Destefani
Decoração carnavalesca feita pela prefeitura na Avenida João Pessoa, atual Luiz Xavier. Em foto tirada no dia 24 de fevereiro de 1952| Foto: Acervo Cid Destefani
  • No dia 5 de março de 1912, apesar de o tempo ameaçar chuva, o corso desfila pela Rua Quinze, entre as ruas Barão do Rio Branco e Monsenhor Celso
  • Mesmo com a chuva caindo, o público chega ao Clube Curitibano para o baile. A foto é da Rua Quinze na esquina com a atual Monsenhor Celso. Em 5 de março de 1912
  • O bloco Brotos da Orgia, composto de militares da Base Aérea do Bacacheri, desfila pela Rua Quinze de Novembro. Em 1945
  • Em foto de 1907, vemos o corso passando pela Rua Quinze de Novembro e as sacadas dos sobrados cheias de assistentes
  • Alegres curitibanas participam do corso em um Carro de Praça na Avenida João Pessoa, atual Luiz Xavier. Em 1930

A cidade pegou fama: quem quiser sossego nos dias de folias momescas que venha para Curitiba. O carnaval curitibano foi morrendo aos poucos, primeiro foi a intervenção das autoridades que impuseram censuras no corso dos carros alegóricos, acabando com o desfile do Corso Maldito, em razão do mesmo desancar a lenha nos desmandos políticos. Geralmente as admoestações eram montadas sobre carroças, que não tinham dia e hora marcada para se apresentarem.

O segundo motivo que ajudou a murchar o entusiasmo dos foliões aconteceu no início da década de 1960, quando Jânio Quadros era presidente da República e proibiu a comercialização e o uso de lança-perfumes. Na década de 1970, com o fechamento da Rua Quinze de Novembro, a cidade perdeu a sua mais importante passarela, não só do carnaval como também ali se realizavam outros eventos, sempre bem prestigiados pela população.

A situação ficou pior quando o curitibano viu desaparecerem os bailes dos clubes, principalmente das sociedades operárias que, para efetuarem as brincadeiras de carnaval em seus salões, se viam obrigadas a pagar vultosas quantias sobre direitos autorais. Foi o fim do carnaval na maioria dos clubes. Acoplados com todos esses empecilhos, os blocos carnavalescos, que tinham suas origens nos frequentadores das associações, foram desaparecendo.

Hoje temos umas poucas, e modestas, escolas de samba, que teimam em se arregimentar para desfilarem pelas ruas que, no momento, estão sendo relocadas para abrigar o nosso cambaleante carnaval de rua, após ter perdido o encanto da Rua Quinze com as sacadas dos sobrados. Não há perspectivas de reviver a diversão dos velhos tempos.

Atualmente, a juventude se aglomera em torno de bares e casas noturnas, e muitos estão preocupados em criar blocos para brincar na festa de Momo. Exemplo está se apresentando com o pessoal que frequenta os bares da região da Praça Garibaldi. Pode dar tudo certo se não houver ingerência do poder público.

Neste domingo a Nostalgia mostra imagens de velhos carnavais, realizados na Rua Quinze de Novembro e Avenida Luiz Xavier. Quando o curitibano comparecia e participava das brincadeiras, não se importando se o tempo era de sol ou de chuva.

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