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Nostalgia

Conversa vai, conversa vem...

Foto do protótipo do primeiro ônibus de Curitiba junto ao moderno articulado em foto feita por ocasião do centenário da inauguração dos bondes de mulas, em 1987 | Acervo Cid Destafani
Foto do protótipo do primeiro ônibus de Curitiba junto ao moderno articulado em foto feita por ocasião do centenário da inauguração dos bondes de mulas, em 1987 (Foto: Acervo Cid Destafani)
Ônibus da empresa de Aurélio Fressato abastecendo no posto da Rua Marechal Floriano com a Engenheiros Rebouças. Foto de 30 de janeiro de 1940 |

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Ônibus da empresa de Aurélio Fressato abastecendo no posto da Rua Marechal Floriano com a Engenheiros Rebouças. Foto de 30 de janeiro de 1940

Interior de um ônibus da Cia. Força e Luz, que fazia a linha Batel-Alto da 15. Foto de 12 de março de 1948 |

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Interior de um ônibus da Cia. Força e Luz, que fazia a linha Batel-Alto da 15. Foto de 12 de março de 1948

Subiu um tostão na passagem o que resultou em quebra-quebra de bondes. Foto feita na Avenida João Gualberto em 4 de junho de 1945 |

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Subiu um tostão na passagem o que resultou em quebra-quebra de bondes. Foto feita na Avenida João Gualberto em 4 de junho de 1945

Uma greve diferente. Os proprietários das empresas de transporte esconderam os ônibus obrigando o Exercito a atender a condução da população. Foto no bairro do Seminário, em 1960 |

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Uma greve diferente. Os proprietários das empresas de transporte esconderam os ônibus obrigando o Exercito a atender a condução da população. Foto no bairro do Seminário, em 1960

Acidentes entre ônibus e um carro de praça, acontecimento inusitado para a época. Foto feita em julho de 1948 |

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Acidentes entre ônibus e um carro de praça, acontecimento inusitado para a época. Foto feita em julho de 1948

O bonde foi durante 40 anos o transporte do curitibano. Foto feita na esquina da Rua Marechal Floriano com Pedro Ivo, em 5 de fevereiro de 1945 |

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O bonde foi durante 40 anos o transporte do curitibano. Foto feita na esquina da Rua Marechal Floriano com Pedro Ivo, em 5 de fevereiro de 1945

Os acontecimentos atuais que estão inseridos no cotidiano da mídia sempre são motivos de muita conversa, principalmente nas de fim de tarde, dopo lavoro, junto a um chope ou cervejota. O assunto em pauta em Curitiba, no momento, está ligado aos transportes tanto coletivos como a distribuição de novas placas de taxis, este um verdadeiro parto da montanha.

O transporte coletivo, ou seja o serviço de ônibus, está sendo usado como um parrudo cavalo de batalha entre o governador e o prefeito, ambos opostos a qualquer tipo de acertos ou cortesias, coisas que estão devidamente definidas como espertezas políticas. O governador teve a sua eleição, quando candidato a prefeito, assegurada na segurada que deu nos preços das passagens dos ônibus. Parece que, desde então, a sua pedra de toque para se garantir está em fazer jogadas no custo do direito de ir e vir cidadãos. Uma vez ir a fonte é plausível, continuar em tais idas estará correndo o risco de quebrar o pote.

O prefeito atual ao vencer o pleito tirou o bom-bocado da boca do opositor que, diga-se de passagem, tinha a reeleição como favas contadas e deu com os burros n’água. Desde então as sutilezas do embate político estão fixadas em desfavor da população. Os moradores dos municípios que perfazem a região metropolitana da capital estão apreensivos quanto ao custo das passagens dos ônibus, parcos centavos estão sendo usados, outra vez, como moeda de troca por futuros votos nas urnas; aí o pote quebra.

Na conversa que vai, e vem, junto aos usuários dos deficientes serviços dos taxis de Curitiba, principalmente a deficiência tem sua presença notada nos horários de final do dia ou então durante a noite, quando o pessoal que gosta de dar uma esticadela e não está afim de ser enquadrado na tolerância zero ao consumo etílico, espera por largo tempo para ser atendido em seu pedido feito ao serviço de radio-taxi, em dia de chuva então é um Deus nos acuda. Enquanto as novas placas não são liberadas os comentários atingem os que possuem e exploram tal serviço com inúmeros carros rodando pela cidade. Há mais de trinta anos não é liberado um único novo taxi, aí, então, os comentários rolam moendo prefeitos, governadores e vereadores. Quem pensa que o povo não sabe das coisas, está redondamente enganado.

Bonde, ônibus, bicicleta, automóvel, metrô e tudo mais que se refere ao transporte pessoal, a necessária locomoção do cidadão no seu direito de ir e vir, faz parte de um imbróglio cuja solução talvez venha acontecer quando a FIFA entregar o poder aos nossos governantes tupiniquins, enquanto isso fiquemos agradecidos com o nosso pane et circum. Afinal vivemos no pais onde as chuteiras superam a inteligência, já que os pés da maioria absoluta não podem calçar tais botinas vamos pelo menos usar tênis confortáveis para caminhar a pé que é a maneira mais antiga de se locomover de um ponto a outro.

Para saber um pouco do transporte coletivo da velha Curitiba nada como algumas fotografias dos velhos tempos, quando os destinos das pessoas não ficavam tão longe de casa.

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