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Avenida João Pessoa, atual Luiz Xavier, em 1940, com ônibus da Cia Força e Luz | Arquivo CD
Avenida João Pessoa, atual Luiz Xavier, em 1940, com ônibus da Cia Força e Luz| Foto: Arquivo CD
  • Vista da Praça Tiradentes e Rua Marechal Floriano com bonde, em 1940
  • Escritório central da Cia. Força e Luz na Rua Monsenhor Celso, em 1940
  • Rua Cruz Machado esquina com Dr. Murici. Em construção o prédio mais estreito de Curitiba, em 1940
  • Abertura da Rua XV de Novembro, ex-Rua São Paulo, em direção ao atual Alto da Caixa D’Água. Foto de 1940
  • Alto da Rua XV de Novembro esquina com Ubaldino do Amaral, em direção ao centro da cidade. Foto de 1940
  • Vista parcial da Praça Tiradentes em direção ao Leste de Curitiba. Foto de 1940

Vamos dar um salto no tempo neste domingo. Partimos em direção ao passado regredindo um pouco mais de setenta anos. A nossa máquina do tempo nos leva até o ano de 1940, quando o mundo sentia a Europa tremer sob os tacões de Hitler, que deflagrara a Segunda Grande Guerra. Curitiba estava, então, longe de sentir os efeitos da conflagração, coisa que somente ocorreria nos anos seguintes.

A cidade, juntando com o município, possuía 150 mil habitantes. A parte urbana era constituída de 350 ruas, avenidas e praças e a população podia contar com o transporte coletivo que era explorado pela Com­­panhia Força e Luz, através de bondes e de u ma linha de ônibus. Os bondes serviam os bairros do Juvevê, Bacacheri, Portão, Água Verde, Batel, Seminário, Guabirotuba e Trajano Reis. Os ônibus circulavam entre o Alto da Avenida Vicente Machado e o Alto da Rua XV.

Por ser o bairro mais distante do centro e o menos populoso, o Bacacheri concentrava a maioria dos estabelecimentos militares. Possuía seis quartéis do Exército, incluindo o 5.º Regimento de Aviação, conhecido então como a Base Aérea, onde também já funcionava o Aero Clube.

O Portão era o mais denso em população, cujas casas, em sua maioria, margeavam a Avenida República Argentina, onde estava assentado os trilhos dos bondes cujo ponto final ficava junto à Estrada de Ferro. O bairro possuía algumas serrarias e um engenho de erva mate. Para quem se afastasse, tanto para a esquerda como para direita da avenida, encontrava um número sem fim de chácaras com pomares e videiras. Na atual Vila Izabel existia uma extensa invernada para tropas de animais.

Os quintais eram enormes nos arredores do centro da cidade. As hortas eram cultivadas na maioria deles que, também, não deixavam de possuir arvores frutíferas e seus galinheiros. A sinfonia das madrugadas era uma mistura de cantos dos galos e latidos da cachorrada que ecoavam por todos os pontos cardeais de Curitiba. Outra zoeira era produzida pelos apitos das fábricas, serrarias e engenhos de mate, somente no Batel existiam quatro desses engenhos.

A diversão do curitibano que vivia em 1940 estava presa a oito cinemas centrais, uma dúzia de campos de futebol, isso fora os campinhos onde a piazada se esbaldava em seus trênes. As corridas de cavalos no Prado do Guabirotuba estavam mais para as domingueiras das elites. Todos os bairros tinham uma ou mais sociedades beneficentes, onde o povo se divertia. Existiam os parques das cervejarias Cruzeiro e Providência no Batel, o Parque Graciosa, que era de outra cervejaria e que ficava no Juvevê, onde funcionava um restaurante dançante conhecido como Barcarola. Para não faltar cerveja ainda tinha a fabrica da Atlântica na Rua Iguaçu. Outro ambiente de danças públicas era o Teatro Hauer, na Açunguí, (atual Mateus Leme).

Em 1940 a cidade era pequena em população, mas já contava com uma estação de rádio, a PRB 2 e com um cassino no bairro do Ahú.

Vamos terminando por aqui o nosso passeio nostálgico da Curitiba de 1940, deixando os leitores viajarem ao passado através das fotos.

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