• Carregando...
 |
| Foto:

Hoje a máquina do tempo da Nostalgia viaja ao passado de Curitiba através de meia dúzia de fotografias antigas, incluindo uma aérea feita em 1948 por Roberto Del Segue. Vamos nos ater às imagens com textos-legendas, deixando de lado os comentários tradicionais que fazemos sobre a cidade.

Fotos: Arquivo CD

Vista aérea da Avenida Vicente Machado e da Rua Comendador Araújo. Em primeiro plano temos o antigo Colégio Belmiro César, que aparece em parte, seguido pelo prédio do Hospital São Vicente, à direita se destacam o fundo e a lateral do edifício da Sociedade Thalia. Mais abaixo, já na esquina da Rua Visconde do Rio Branco, se destaca o enorme barracão onde funcionavam as oficinas da Agencia Ford, de Rocha & Cia, mais tarde pertencente à família Slaviero. Atualmente, o conjunto encontra-se demolido dando lugar à construção de mais um mega edifício. Lá no último plano, podemos ver, à esquerda, o Edifício Kawasinski e a Praça Osório, tendo, ao lado, o Edifício Santa Julia em construção. Na extrema direita, temos o Colégio São José e também à direita aparece a fábrica de louças da família Trevisan, com destaque para suas chaminés.

* * *

Curitiba é uma cidade cortada por pequenos rios e riachos, que se tornam caudalosos com a ocorrência de qualquer chuva mais copiosa. Hoje praticamente não enxergamos mais tais cursos perenes, por estarem confinados em canais subterrâneos. Entretanto, se não os vemos, sabemos de suas existências por exalarem o mau cheiro dos esgotos que conduzem. Um desses rios curitibanos é o Água Verde, o qual se vê na fotografia feita quando estava sendo canalizado, em meados da década de 1940, na região hoje ocupada pela Praça Afonso Botelho. Na época da fotografia, o local era usado para os jogos de futebol do 5 de Maio, um dos muitos times de várzea que existiram em Curitiba.

* * *

Em pleno centro de Curitiba, em 1947: o cruzamento das ruas Monsenhor Celso e XV de Novembro, local popularmente chamado de o corredor polonês, em razão de a Monsenhor Celso estreitar-se e apresentar grande movimento de bondes e ônibus, em idas e vindas até a Praça Tiradentes, razão pela qual ali aconteciam inúmeros acidentes com os coletivos e veículos particulares.

* * *

Nesta fotografia nos afastamos do centro da cidade, vamos para o lado Oeste. Estamos no mês de março de 1949 e ficamos parados no calçamento da Rua Carneiro Lobo; nosso olhar divisa o morro que está sendo cortado pelas máquinas da prefeitura, elas estão abrindo a Avenida Sete de Setembro em direção aos bairros do Seminário e Santa Quitéria. No alto, à direita, destaca-se a casa que pertenceu ao pintor e professor Guido Viaro. Hoje no local funciona uma confeitaria.

* * *

A Estação de Bondes na Praça Tiradentes centralizou, até 1952, o ponto de partida dos bondes elétricos que serviam aos bairros e arrabaldes de Curitiba como Asilo e Prado, Trajano Reis e Cemitério, Juvevê e Bacacheri, Água Verde e Portão e ainda Batel e Seminário. Durante mais de vinte anos, a Estação de Bondes trouxe grande movimento para o comércio da Praça Tiradentes, dando, inclusive, a alcunha de Coração da Cidade para o logradouro. A foto é de Domingos Foggiatto e foi feita em 1948.

* * *

Nessa última fotografia damos um pulo até o final do século 19, na região que pertence à várzea do Rio Belém. Estamos vendo a casa onde se inaugurou e funcionou, por um bom tempo, o estúdio fotográfico mais famoso que existiu em Curitiba: J. Weiss & Irmão. Quem, sendo curitibano tradicional, que não possui alguma fotografia de seus ancestrais feita naquele atelier famoso, que em suas carte de visite ou postais fazia questão de colocar que estava instalado vis-à-vis ao Passeio Público.

Confira as últimas três colunas de Cid Destefani.

- 06/05: Espelhos d’água

- 29/04: É brincadeira!

- 22/04: Palestrando

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]