Cada cidadão tem suas lembranças de épocas vividas; umas são satisfeitas pelo impacto que causaram em cada um da maneira como vivenciou o fato. Muitos, com a intenção de não pagar o mico, alardeiam historietas sobre coisas de que mal ouviram falar. Em suma, como se dizia no passado, ouviram o galo cantar sem precisar de que lado veio o som ou em que terreiro a ave marcou a sua presença. Esses tipos de tertúlias normalmente acontecem em botecos onde cada um pretende mostrar conhecimentos e reviver fatos que já estão adormecidos no sótão ou no porão dos cérebros.
Hoje a Nostalgia pretende mostrar algumas coisas que há muito desapareceram do cenário urbano de Curitiba. São imagens sem retorno que ilustram o modo de vida dos curitibanos em ambientes da cidade do século passado. Vamos até a Avenida Luiz Xavier quando por ali ainda transitavam os bondinhos de mulas. Damos um pulo até o então longínquo arrabalde do Ahú, quando ali se inaugurou o asilo de alienados. Chegamos à Praça Carlos Gomes quando ainda era um campo onde o Exército fazia seus exercícios.
Não poderíamos deixar de ir até o Passeio Público no tempo em que as bandas faziam retretas no coreto mais alegre que existiu em Curitiba. Temos também a visita a uma fazenda onde se plantava trigo e hoje é um dos bairros mais abastados da cidade, e tampouco podemos deixar de visitar um estádio de futebol todo construído em madeira na divisa dos bairros do Batel e Bigorrilho. Para tanto vamos às fotografias que falam por si só.