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Rua Ivaí, atual Avenida Getúlio Vargas, esquina com a Rua Buenos Aires. A foto é de 1941, quando a mesma estava em obras | Acervo Cid Destefani
Rua Ivaí, atual Avenida Getúlio Vargas, esquina com a Rua Buenos Aires. A foto é de 1941, quando a mesma estava em obras| Foto: Acervo Cid Destefani
  • A Rua Ivaí vista da esquina com a Avenida República Argentina. A foto é de 1944, e a mesma ainda não estava aberta ao tráfego. No bosque à direita, está instalado atualmente o Clube Curitibano
  • Em 1955, já com o nome de Getúlio Vargas, a antiga Rua Ivaí é calçada, e o Rio Água Verde, que corre à esquerda, é canalizado. A foto foi feita da Rua Bento Viana para o Centro
  • Aspecto da Rua Marechal Floriano e da Praça Carlos Gomes, em 1918
  • No tempo das carruagens. Aqui vemos algumas delas, pertencentes à cocheira de Augusto Rutz, em exposição na Rua Marechal Floriano, na década de 1910
  • Aspecto da nevada de julho de 1975 na Rua Cândido Lopes, em frente da Biblioteca Pública
  • Fotografia de alunos de Medicina da Universidade do Paraná feita no dia de sua primeira aula, em 1949. Essa turma formou-se há sessenta anos, em 1954

A cidade vai em frente fazendo história. Olhar para trás somente para recordar os tempos idos, fatos passados; coisas que existiram e desapareceram junto com as gerações que deixaram suas marcas. Estamos vivendo um momento histórico e que daqui a dois meses estará registrado como mais um fato acontecido, me refiro à Copa do Mundo.

Água Verde, a antiga Colônia Dantas, região desbravada pela italianada imigrante que com suas chácaras foram criando um ambiente com espaços suficientes para comportar um dos bairros mais progressistas de Curitiba. Sociedades surgiram, como a Internacional da Água Verde, hoje não cumprindo mais as funções às quais foi destinada, e o Livorno, atual Sociedade D. Pedro II, que ainda é frequentada por alguns descendentes dos moradores pioneiros. Alguns clubes ainda teimam em existir, outros tantos já desapareceram.

O cemitério do bairro, ao lado da nova igreja, tem em suas tumbas o registro de sobrenomes dos primeiros moradores. Os risos e as cantorias, as disputas nos jogos de bocha, mora, escopa, três setes e truco, a não ser esse último, são meras lembranças. O futebol apareceu no começo do século passado – primeiro foi o Internacional FC, um time montado com o pessoal da elite, que não fazia parte dos residentes locais. Com o tempo virou Clube Atlético, aí sim o seu maior craque: Alfredo Gottardi, o Caju, a Majestade do Arco, morou, viveu e criou família no vale do Rio da Água Verde.

Outros clubes futebolísticos surgiram na região. O Savoia com os oriundis das famílias como Todeschini, Turin, Marchioro e demais componentes da velha colônia. O Savoia foi mudando de nomes: um tempo foi Água Verde, outra época chegou a ser Pinheiros e hoje disputa os campeonatos com o nome de Paraná Clube. Surgiu o Ipiranga FC, que sempre foi comandado pelo clã dos Gabardo; é um time da segundona que ainda sobrevive e deve continuar suas pelejas enquanto houver Gabardo vivo. Outro time que deixou sua marca foi o 5 de Maio, fazendo suas disputas no campo que existia em frente ao estádio do Atlético, hoje Praça Afonso Botelho. Por muito tempo o técnico desse time foi o Edgar Antunes, o Tatu, que também exerceu anos a fio a presidência da Sociedade Operários do Alto do São Francisco.

Quando agosto chegar, o bairro da Água Verde estará vivendo com o retorno da tranquilidade que lhe foi roubada durante os jogos da Copa. Ficarão para a história os acontecimentos surgidos enquanto durou a Zona de Exclusão, quando o cidadão aguaverdeano somente podia transitar pelas ruas, entrar e sair de sua moradia portando um salvo-conduto fornecido pela Fifa. Heil!

Vamos para as fotografias de outros tempos. Três delas são da Avenida Getúlio Vargas, e duas ainda do tempo em que seu nome era Rua Ivaí e ainda estava sendo urbanizada. Temos uma da neve de 1975, só para lembrar que a Copa será em pleno inverno. Que tal se neva, hein? As demais fotos ilustram momentos curitibanos.

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