Vista parcial de Curitiba, feita do alto da torre da Catedral, em 1905| Foto:
A mesma vista feita em 1914
A Praça Tiradentes em 1915, na esquina com a Rua Monsenhor Celso
O Palácio Paulo Hauer em construção na Praça Tiradentes em 1900
O Palácio Paulo Hauer em pleno uso no início do Século 20
Praça Tiradentes esquina com Monsenhor Celso onde estava instalada a residência e a casa comercial de Paulo Hauer (hoje Edifício Frischmann). A foto é de 1905

Te espero na esquina! Te vejo na esquina! Te encontro na esquina! Ah! As esquinas de nossas vidas. Curitiba é uma cidade cheia de esquinas perdidas no tempo, cantos onde se registravam os encontros da juventude, e que ficou ancorada na memória saudosa. Esquinas dobradas através das estações dos anos, abaixo de sol e chuva.

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Quem já não teve suas esquinas preferidas? Lembro das minhas. Avenida do Batel com Francisco Rocha, hoje um corner morto. Onde estão os companheiros da­­­quela adolescência bagunceira? Era ali que resolvíamos fugir de casa e se alistar na marinha de guerra. Era ali que a turma se reunia para fazer um trêne no campinho do morro do hospital. Era ali que se fazia a divisão das frutas roubadas nos quintais da vizinhança. Foi ali que ficou o meu tempo de piá.

A marmanjada estava reunida em baixo da marquise da padaria do Abagge na esquina da Rua Sete de Setembro com a Bento Viana. O papo corria noite adentro, assunto não faltava. Não foram poucas as ocasiões que até o saudoso padre Ivo Zanlorenzi entrou nas tertúlias madrugada adentro. Aos domingos pela manhã a esquina do papo alegre era outra: Avenida Silva Jardim com Bento Viana. Muitas vezes o grupo crescia tanto que até poderia se confundir com um pequeno comício. Nessas ocasiões entrava na roda todo mundo da redondeza. Muitas gargalhadas alegraram os domingos naquela esquina.

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Quem não teve suas esquinas preferidas? Onde se reuniam os companheiros dos tempos idos. Por onde andarão eles hoje em dia?Felizmente podemos viajar aos velhos tempos através de nossas memórias, podemos chegar de mansinho para rever antigos rostos juvenis, todos com aqueles sorrisos francos, mostrando a alegria de podermos nos rever em nossas esquinas já perdidas.

Para ilustrar a Nostalgia deste domingo faremos uma viagem ao passado de uma das esquinas mais conhecidas desta Curitiba que dia a dia perde tais cantos, como pontos de encontros. Vamos nos fixar na Praça Tiradentes, na confluência com a Rua Monsenhor Celso onde o movimento diário de pedestres é dos mais intensos no centro da cidade. Vamos embarcar em direção ao século passado, num passeio de mais de cem anos.