Os leitores da Nostalgia sabem perfeitamente que o atrativo desta página memorialista são as fotografias antigas que a ilustram. Mais do que nunca aquele velho adágio de que uma imagem vale por mil palavras aqui se encaixa corretamente.
Na semana que passou, fizemos uma experiência com algumas fotos antigas que de preto e branco as transformamos em colorizadas via computador, alguns acharam interessante como experimento. Entretanto, muitos solicitaram que continuássemos a publicar as velhas fotos nos seus tons originais, o que obviamente sempre será feito.
Hoje, escolhemos cinco imagens feitas nos mais diversos lugares e em tempos completamente diferentes; abrangemos um espaço de tempo que vai de 1927 a 1949, vamos do Alto da Glória ao Batel, da Praça Tiradentes ao Bigorrilho e, depois, damos uma descansada no velho e saudoso Passeio Público. Saudoso porque, se ele ainda está lá? Está, mas não é mais o que era.
Para dar lugar a tais imagens, com maior destaque, vamos partir diretamente à descrição das mesmas: na foto maior, vemos uma tomada aérea da subida para o bairro do Juvevê, tendo em primeiro plano as casas que faziam frente para a Avenida João Gualberto, na sua maioria pertencente à família Leão, cuja prosperidade teve origem na erva-mate. A fotografia foi feita no limiar da década de 1940, podendo-se notar, ao fundo, uma grande quantidade de terrenos desocupados.
A segunda foto nos mostra a Avenida Visconde de Guarapuava ainda sem estar aberta na região do Batel, onde hoje existe uma muralha de arranha-céus. A única construção que destaca na paisagem é a Igreja de Santa Terezinha, atualmente inteiramente escondida pelos edifícios. A fotografia foi feita em 1949.
Na terceira imagem, temos uma vista feita do alto da torre do Colégio Divina Providência, na Rua do Rosário, que aparece abaixo em primeiro plano. Em seguida, a Praça Tiradentes e lá ao fundo, a cidade rasa nos permite vislumbrar o horizonte para os lados de São José dos Pinhais. O fotógrafo congelou a imagem desta vista da cidade no ano de 1927.
Agora, saltando no tempo, chegamos à região do Campo da Galícia e do Bigorrilho. A Rua Padre Anchieta estava sendo preparada para o futuro, como podemos ver pelos granitos que serviriam aos meio-fios espalhados no futuro leito caçado daquela rua. O velho empreiteiro Rafael Greca está posando junto ao que seria mais uma das obras de sua firma. Ao fundo, podemos observar a linha de cedros que pertenciam ao Colégio Marcelino Champagnat, no alto do Bigorrilho. A foto é de 1941.
Terminamos com a imagem bucólica do Passeio Público dos velhos tempos. Na domingueira, o povo comparecia para o seu lazer junto ao lago que então era formado pelas águas do rio Belém, onde bravos navegantes passeavam nas canoas de aluguel. O velho parque era uma das poucas opções para o curitibano mais humilde se divertir, em tempos que já foram há meio século. Foto de 1947.
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