Esta página é dedicada especificamente a acontecimentos do passado, principalmente em Curitiba. Sendo dada cobertura para fatos que ocorreram e que são pouco conhecidos ou mesmo totalmente inéditos.
A preocupação maior é apresentar figuras ilustres da nossa História local, que por algum motivo estão vagando no limbo do esquecimento. Carlos Brantes, companheiro do Instituto Histórico e Geográfico, vem se dedicando em levantar a vida de José Peón um argentino que escolheu Curitiba para viver, lá pelos idos dos anos 20, e que aqui faleceu.
O valor desse portenho está ligado aos grandes artistas que viveram em Curitiba nas primeiras décadas do século 20. Escultor especializado na gravação de placas e medalhas em metais nobres como o bronze, Peón granjeou a admiração da sociedade curitibana. De sua autoria, ainda existem alguns bronzes em locais públicos da cidade.
Amante da natureza, utilizava símbolos do nosso meio ambiente para adornar seus trabalhos como o pinheiro, as pinhas e os pinhões, assim também ramos de erva-mate e café. As medalhas comemorativas que produziu são admiradas até hoje, sendo disputadas pelos colecionadores de obras de arte.
Na convivência com os apreciadores da natureza, compartilhou na criação de um clube denominado Bandeira Paranaense de Turismo, entidade com dezenas de adeptos que faziam excursões aos mais diversos ambientes do estado. Nessa condição, gravava suas andanças em excelentes fotografias, que nada ficavam a dever a companheiros seus, fotógrafos de mãos cheias, como Armin Henkel, Ewaldo Schiebler e muitos outros.
Em 1932, no dia 9 de julho, o governo do Paraná homenageou o vizinho país, Argentina, inaugurando a Avenida República Argentina e a Escola Profissional República Argentina. E nada menos que o "gringo" José Peón foi o escolhido para confeccionar as placas de bronze em homenagem à sua pátria de origem.
Foi Carlos Brantes, historiador que está levantando a vida desse notável artista que viveu e morreu em Curitiba, que nos forneceu as fotografias que ilustram a Nostalgia de hoje.
A primeira imagem é a foto feita por Peón da passagem do Hindenburg por Curitiba, no momento em que o dirigível sobrevoava a Universidade e a Rua XV de Novembro, em 1.º de dezembro de 1936.
Na segunda fotografia, podemos ver a equipe de funcionários da oficina de gravação de José Peón junto às placas da escola e da avenida que homenagearam a vizinha República Argentina.
Na terceira foto, não muito nítida, vemos o momento da festa de inauguração da Avenida República Argentina, em 9 de julho de 1932. A imagem foi feita naquela via, entre as atuais Avenidas Iguaçu e Getúlio Vargas.
Na quarta foto, um aspecto do Rio Nhundiaquara, em Morretes.
Na quinta imagem, vemos a mulher do fotógrafo Armin Henkel, Anna, junto à placa em sua homenagem, por haver distinguido no Rio Ipiranga, junto à queda conhecida como Véu de Noiva. A imagem formada na rocha é semelhante à cabeça de uma esfinge.
No medalhão, a imagem do artista do cinzel José Peón.
N.R. Pedimos aos leitores que, porventura, tenham alguma peça, fotografia, e mesmo possuam informações sobre a vida de José Peón, que entrem em contato com este colunista pelo telefone 3242-7977, que o colocaremos em conexão com o historiador Carlos Brantes.
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