Marcha soldado

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Uma das preocupações que a intelectualidade curitibana tem é com a memória de fatos históricos militares. Principalmente com a Casa do Expedicionário, cujo museu foi inaugurado em 1946. O edifício, além do museu, serve para as reuniões cívicas e militares, sobretudo nas datas comemorativas dos feitos heroicos da Força Expedicionária Bra­­sileira nos campos de batalha da Itália, durante a 2.ª Guerra Mun­­dial. Tais festividades contam com o apoio maciço do co­­mando da 5.ª Região Militar.

Entretanto, a preocupação maior é que, passado mais de meio século do fim da guerra, os pracinhas que nela tomaram parte hoje estão em idade avançada – os que ainda vivem, pois muitos já deixaram o nosso convívio. A Legião Paranaense do Expe­­di­­cionário, depois da partida do úl­­timo febiano, não mais existirá, restando somente o museu e as solenidades alusivas aos feitos de bravura.

O Paraná, e em especial Curi­­tiba, tem muita tradição histórica a preservar no setor militar – quer do Exército, quer da Aero­­náutica e Polícia Militar. Cam­­panha do Contestado e Cerco da La­­pa são as principais ocorrências históricas. O Regimento de Aviação, depois Base Aérea do Bacacheri, e a Fábrica de Curitiba – os prédios históricos onde ficaram sediadas antigas casernas, dos quais muitos já desapareceram –, afinal, são ícones que fazem, ou fizeram, parte importante da nossa História, da qual participaram não só os militares, mas toda a população civil, de uma forma ou de outra.

Acredito sermos todos, como também a maioria dos que prestaram serviço militar, veteranos da luta pela vida, vislumbrando sempre um mundo melhor em nossa marcha para o futuro. Para relembrar um pouco das nossas tradições e acontecimentos na esfera militar curitibana, ilustramos a Nostalgia de hoje com fotos antigas e históricas, em que participaram velhos praças e camaradas de quartéis.