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Nostalgia

Muda, Curitiba!

Fotografia da Travessa Oliveira Bello no limiar de 1960, em momento de uma das enchentes do Rio do Ivo. Era uma via ainda usada por veículos entre a Avenida Luiz Xavier e a Praça Zacarias |
Fotografia da Travessa Oliveira Bello no limiar de 1960, em momento de uma das enchentes do Rio do Ivo. Era uma via ainda usada por veículos entre a Avenida Luiz Xavier e a Praça Zacarias (Foto: )
A Travessa Oliveira Bello em 1969, com o primeiro calçadão exclusivo para pedestres feito em Curitiba, ostentando iluminação moderna e a famosa pérgula. Modificações foram feitas em 1965 |

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A Travessa Oliveira Bello em 1969, com o primeiro calçadão exclusivo para pedestres feito em Curitiba, ostentando iluminação moderna e a famosa pérgula. Modificações foram feitas em 1965

Rua Marechal Deodoro sendo alargada em 1965, fato que aconteceu também na Rua XV de Novembro. Era a visão para o futuro da cidade, que requeria espaços para se desenvolver |

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Rua Marechal Deodoro sendo alargada em 1965, fato que aconteceu também na Rua XV de Novembro. Era a visão para o futuro da cidade, que requeria espaços para se desenvolver

Um aspecto da Praça Tiradentes em 1947. Ainda não existia o acréscimo na Catedral, e a Rua Barão do Serro Azul era uma viela estreita |

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Um aspecto da Praça Tiradentes em 1947. Ainda não existia o acréscimo na Catedral, e a Rua Barão do Serro Azul era uma viela estreita

O governador Manoel Ribas examina, com outras autoridades, o Plano Agache, que acabava de ser entregue e que seria o programa para o futuro desenvolvimento de Curitiba. Foto feita em 1941 |

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O governador Manoel Ribas examina, com outras autoridades, o Plano Agache, que acabava de ser entregue e que seria o programa para o futuro desenvolvimento de Curitiba. Foto feita em 1941

Hoje, Curitiba desfruta de um serviço de eletricidade fornecido pela estatal Copel. Na fotografia, vemos a usina termelétrica do Capanema, junto com milhares de metros cúbicos de lenha que a moviam. Esta usina ficava onde está hoje a Estação Rodoferroviária. A fotografia é de 1914 |

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Hoje, Curitiba desfruta de um serviço de eletricidade fornecido pela estatal Copel. Na fotografia, vemos a usina termelétrica do Capanema, junto com milhares de metros cúbicos de lenha que a moviam. Esta usina ficava onde está hoje a Estação Rodoferroviária. A fotografia é de 1914

Fá, Fé, Fin, Fó, Fun! Estou sentindo cheiro de absurdos! Imagino que assim versaria o gigante da história infantil João e o Pé de Feijão, neste movimento em ano eleitoral, em torno da futura e longínqua Copa do Mundo de 2014, com a possível participação de alguma competição em Curitiba. Sua majestade, a Fifa, poderá contemplar a cidade com esse beneplácito, desde que sejam feitas as mudanças que ela impõe em nossa urbe.Há sessenta anos, aconteceu no Brasil a Copa do Mundo de 1950, com dois jogos em Curitiba. Naquela época, não foram exigidas obras na cidade, o governo apenas deu uma limpada no Rio Belém, em frente do Estádio do Ferroviário, ali na Vila Capanema. Além de executarem uma terraplenagem no terreno baldio fronteiro ao clube, foi feito um acréscimo nas acomodações com precárias arquibancadas de tábuas, e nada mais. A exigência única foi de que se pagasse 1 milhão de cruzeiros para serem realizados os jogos.Naquela época, era governador do estado Moisés Lupion, que desembolsou dos cofres públicos a então vultosa quantia. Em suma, os contribuintes – mesmo os que não tinham o menor interesse pelo futebol – pagaram a conta. A arrecadação de tais jogos foi pífia, apesar de o estádio estar lotado e os únicos turistas que estiveram presentes foram alguns membros da embaixada da Espanha e o próprio embaixador.

Agora, passado mais de meio século, nova Copa está sendo proposta e Curitiba poderá ser sede de um ou dois espetáculos, desde que se obedeçam às exigências da arquimilionária Fifa. Em seus requisitos, a entidade dá o ultimato para que sejam feitas obras avultadas em milhões de reais, caso contrário a cidade estará fora de cogitação como participante.

O que é de se estranhar é o movimento de algumas autoridades, viajando até para o exterior, numa atitude humilhante de mendigar que se participe do evento que trará mais prejuízos, do que algum lucro. Sai mais barato se fazer um plebiscito para saber se os curitibanos, e também os paranaenses de todos os rincões, desejam que se gastem fabulosas quantias em obras para satisfazer a organização dessa federação internacional de futebol.

Curitiba, através de sua existência, cresceu, progrediu e tem a pujança de metrópole – simplesmente porque foi conduzida dentro dos seus limites de gastos. Prefeitos, e mesmo governadores, sempre administraram os empreendimentos necessários com os pés no chão, para a cidade ser o que é hoje, um orgulho para todos nós, apesar de alguns senões. Algumas transformações mais recentes, sem exigências e interferências de qualquer entidade forasteira e que aconteceram dentro da necessidade da urbe, estão nas fotografias históricas que ilustram esta página.

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