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Fachada da estação de passageiros no Aeroporto de Afonso Pena, em 1950 | Arquivo
Fachada da estação de passageiros no Aeroporto de Afonso Pena, em 1950| Foto: Arquivo
  • A torre de madeira para controle de voos no Aeroporto de Afonso Pena. Foto de 1950
  • O governador Moisés Lupion recebe o embaixador da Espanha, que veio assistir ao jogo da seleção do seu país contra a dos Estados Unidos. Foto de 23 de junho de 1950
  • Afonso Pena, a estação de embarque e desembarque e o público vistos da torre de controle em 1950
  • Avião

O inverno curitibano ainda não começou com suas geadas tradicionais e aquelas madrugadas e manhãs escondidas na cerração, entretanto a várzea do Rio Iguaçu já anda coberta pelas neblinas habituais que se apresentam em boa parte da estação mais fria do ano e vão do meio da noite, se intensificam na madrugada e somente se dissipam pelo meio da manhã. O curitibano sabe que no dia seguinte, durante o inverno, o tempo será bom e com a presença dos raios solares se a noite estiver envolta pelo nevoeiro.

Na atualidade a bruma intensa já prejudicou o movimento de aeronaves no Aeroporto Internacional de Afonso Pena em alguns dias, ficando fechado, principalmente para pousos, por mais de oito horas. Tal fenômeno vem causando prejuízos para os serviços de cargas e passageiros ao longo dos anos, desde que começou a operar como estação para aviação comercial em meados de 1946.

Foi em 1944, quando a 2.ª Guerra já caminhava par o seu final, que o Exército dos Estados Unidos, em colaboração com o Ministério da Guerra do Brasil, construiu o aeródromo militar na Colônia Afonso Pena no município de São José dos Pinhais. Acreditando-se que o conflito mundial poderia se estender por mais tempo, o local foi escolhido por ser estratégico como base aérea para combater no Atlântico Sul a presença de submarinos e embarcações bélicas do Eixo.

A pista do aeródromo foi construída, em principio, em terra compactada onde foram usadas maquinarias pesadas, até a mesma ser asfaltada posteriormente. A estrada que ligava o aeroporto até a pista entre Curitiba e São José dos Pinhais também foi estabelecida em terra compactada e suas ótimas condições para o tráfego perdurou por alguns anos, até ser asfaltada na década de 1950.

Segundo comentários surgidos na época da instalação daquele campo de aviação, os engenheiros militares americanos escolheram estrategicamente o local exatamente por ficar boa parte do ano, principalmente à noite, encoberto por espessa névoa, o que ajudaria a camuflagem contra qualquer ataque que porventura chegasse a sofrer. Militarmente perfeito na época, hoje, comercialmente, um problema.

A Copa de 2014 começa no dia 6 de junho, justamente quando inicia a temporada dos nevoeiros que duram horas, principalmente durante as manhãs, com maior intensidade nas várzeas dos rios Belém e Iguaçu onde está instalado o Afonso Pena. Tal problema ainda não foi aventado pelos incontáveis secretários e demais, bem mais, funcionários que orbitam desde já em volta da Copa, ganhando os seus gorduchos jabaculês, tanto do erário publico estadual, como da prefeitura e até da câmara municipal. Beleza pura!

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