O Passeio Público era servido pelas aguas do Rio Belém, que foram substituídas em 1965 pelas de poços artesianos. A foto é de 1906| Foto:
O Rio Iguaçu desempenhou grande papel como hidrovia no transporte de erva mate e madeira entre União da Vitória e Porto Amazonas. Foto de 1935
O Paraná sempre foi irrigado por rios pujantes como o desta imagem, que é o Iapó, em foto de 1919
O Rio Barigui, no Bairro do Seminário, era usado pela piazada para o lazer, assim como carroceiros e a cavalaria do CPOR iam dar banho nos animais. Foto de 1939
Curitibanos usavam as águas do Rio Iguaçu para se refrescarem, nas cidades vizinhas de São José dos Pinhais e Araucária. Foto de 1930
Engenho de Mate Iguaçu, na Avenida do Batel, em cujo terreno nascia um riacho afluente do Rio do Ivo. Imagem de 1940
Curitiba sempre teve preocupação quanto à proteção dos animais, vários bebedouros foram instalados onde havia concentração de carroceiros. Foto de 1937
Enchentes tradicionais aconteciam no centro da cidade pelas águas do Rio do Ivo, como esta na Praça Zacarias em fevereiro de 1999
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As coisas muitas vezes chegam repentinamente, num estalar de dedos. O tal aquecimento global já está sendo martelado há anos na cabeça da humanidade. As geleiras vão derreter, o nível do mar vai subir e muitas localidades litorâneas desaparecerão. Tais avisos partem de cientistas, estudiosos do clima da terra, entretanto poucos acreditam no imediatismo de tal catástrofe.

Vai faltar água no mundo, já está faltando. O Brasil, este pais abençoado por Deus, até dois anos passados não imaginava, ou mesmo não se importava, que poderia entrar em uma catástrofe hídrica. O flagelo chegou a São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais além de continuar historicamente pelo Nordeste. A situação caótica esta apavorando as populações e os prefeitos e governadores. Acompanha tudo isso o escândalo da corrupção na Petrobras. É muito urucubaca numa pancada.

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Assim como vão saltitando as notícias sobre a escassez do precioso líquido, com ameaças de racionamentos para os lados dos nossos estados vizinhos aqui do Sul. Em Curitiba e no Paraná a companhia que cuida do fornecimento domiciliar das águas encanadas está garantindo que tomou todas as providencias par que o fornecimento esteja certo por mais quarenta anos.

Por estar tangendo meus oitenta anos vou recordar o que vi e vivencie na infância e juventude. No espaço em que nasci, no Batel, conheci rios, riachos, banhados e olhos d'agua, todos limpos e cheios de vida. O Rio do Ivo, com nascente entre o Batel e o Bigorrilho, entre a década de 1940-50 tinha suas aguas cristalinas habitadas por pequenos peixes, guarus e lambaris.

Um riacho cuja nascente ficava no terreno do Engenho Iguaçu, hoje sede de uma Igreja Presbiteriana, era afluente do Rio do Ivo alcançando-o na Rua D. Pedro II. O Rio da Agua Verde que nascia num banhado entre as ruas Carneiro Lobo e República Argentina era outro escoadouro de aguas límpidas. Naquela época só existia o Rio Belém poluído pelos despejos químicos do curtume que existia no São Loureço, suas aguas de tom lilás empestavam o lago do Passeio Publico.

O Rio Bariguí contornando a cidade ia adicionando os nomes dos bairros por onde passava e era o preferido para o banho e as pescarias da piazada. O Rio Iguaçu, na divisa de São José dos Pinhais, ou em Araucária, era o preferido para as pescarias e o laser dos curitibanos há sessenta anos passados. Hoje são todos condutores de águas mortas, condutores de toda espécie de esgoto.Nossas águas

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