Assista à reportagem em vídeo| Foto: TV Globo

Aqui nesta página de recordações, olhar para trás é invariável; todos os domingos, damos as nossas voltinhas nos velhos tempos. O olhar que lançamos para as fotografias seria de um espelho invertido, quando nos miramos nele vemos que estamos mais antigos com o passar do tempo. Já aqui neste espelho da Nostalgia comparamos o passado com a atualidade e enxergamos exatamente ao contrário, as velhas fotos contrastam com os ambientes da cidade nova.

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Velhas fotos! Não podemos nos fixar em demasia sobre elas, pois, conforme a nossa própria idade, quanto mais velhos formos o sentimento nostálgico vai se transformando em melancolia, mas que é gostoso viajar nossos olhos sobre elas ninguém pode negar.

Hoje resolvemos deixar um espaço maior nesta página para as imagens, e assim valorizar as fotos para que os leitores naveguem sobre elas e façam as suas conjecturas e comparações sobre o presente e o passado.

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Em princípio, vamos nos colocar no alto da torre do antigo prédio da prefeitura, ainda em construção, na Praça Generoso Marques e vamos olhar para o sul. Já em primeiro plano os telhados do casario baixo, vemos à esquerda uma nesga da Rua Barão do Rio Branco, que segue encoberta pelas casas até a Estação Ferroviária e, dali para frente, o panorama se desvanece na imagem dos campos. Esta fotografia, a número 1, foi feita no ano de 1915.

Na segunda fotografia, damos uma olhadela para a velha e saudosa Rua XV de Novembro, entre as ruas Dr. Murici e Marechal Floriano. Estamos no tempo dos chapéus de palheta e dos bondes elétricos, que iam e vinham transportando os curitibanos de antanho. Saudades dos velhos bondes, sentimento exclusivo daqueles que os conheceram. A foto foi gravada no início da década de 1920.

A terceira imagem nos mostra o Largo da Ordem em 1930, quando o ambiente era freqüentado pelas carroças dos colonos da periferia da cidade. Era ponto obrigatório para dessedentar os cavalos no bebedouro, que então mostrava a sua forma original de uma taça, que mais tarde foi protegida por pedras de calçamento e conservada até hoje. Este era o tempo em que o tropel dos cavalos ecoava pelas ruas da cidade – eram centenas de animais usados nos mais diversos tipos de carroças.

Na quarta foto, vamos mais longe no tempo, chegamos à Rua do Rosário, em frente do Colégio Divina Providência – na época, residência de José Hauer Sênior. A subida vinha desde a Praça Tiradentes, em direção à Igreja do Rosário. A história deste Hauer é uma das mais belas páginas das narrativas sobre os imigrantes que escolheram Curitiba para viver, fato que já contamos em outras ocasiões. A fotografia é do ano de 1904.