Zacarias de Góes e Vasconcellos com sua esposa, Ana Carolina, em 1853 – mesmo ano em que foi instalada a Província do Paraná| Foto:
Exposição do Cinquentenário do Paraná montada na futura Praça Euzébio Correia, em dezembro de 1903
Bento Munhoz da Rocha Neto, governador do Paraná, discursa no jantar festivo do Centenário. Presenças de Getúlio Vargas, presidente do Brasil, e do vice, João Café Filho. Foto de 19 de dezembro de 1953
Símbolo da Exposição Mundial do Café, no bairro do Tarumã, em 1953-54
Gigantesco portal da Exposição do Café, em 1953. Hoje no local funciona o Colégio Militar
Fuzileiros Navais, especialmente convidados, desfilam na Avenida João Pessoa (Luiz Xavier) no dia do Centenário do Paraná, em 1953

Estamos de aniversário, comemoramos a data da instalação da Província do Paraná por Zacarias de Góes e Vas­­concellos, seu primeiro presidente. A emancipação da província de São Paulo já tinha sido lavrada por dom Pedro II em agosto de 1853. Quatro meses depois, no dia 19 de dezembro, o ilustre baiano assumia o cargo iniciando o caminho de mais de um século e meio ao Paraná da atualidade.

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A nossa História está cravejada de fatos importantes, que se estendem desde a de­­­­marcação da Baliza de Lages, junto ao Rio das Pelotas, quando os então Campos de Curitiba faziam divisa com a futura província de São Pedro do Rio Grande do Sul, para onde os tropeiros curitibanos levaram usos e costumes, por exemplo o uso da erva-mate no chimarrão.

O caminho foi longo, levamos mais de duzentos anos para nos libertarmos do título de comarca. A conquista do território foi vagarosa em direção ao Oeste, até Guarapuava. Por largo tempo, o Norte do Paraná se referia à Vila de Cer­­­­ro Azul. A conquista do Sul se ateve ao Vale do Rio Iguaçu.

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O Norte Novo foi desbravado no começo da década de 1930; o conhecido como Novíssimo ainda estava para se instalar no limiar de 1950; assim como o Sudoeste começou a ser ocupado na mesma época. Se no começo a economia era sustentada pelos tropeiros, que, indubitavelmente, participaram na divulgação da erva-mate, tornando-a um ciclo econômico importante logo após a exploração do ouro.

Veio a época da madeira com a devastação da imensa floresta de pinheiros, que cobria desde a Serra do Mar até as barrancas do Rio Para­­­ná. Esse ciclo econômico es­­­moreceu dando sucessão ao café, a grande economia que desenvolveu não só o Norte como todo o Paraná. A rubiácea marcou o seu apogeu por volta do centenário do estado, incluindo também o início de sua decadência logo em seguida, vítima de violenta geada.

Hoje o Paraná tem sua economia calcada nas produções agrícola e pecuária, que vem lhe permitindo também o desenvolvimento industrial, cultural e tecnológico. Vive­­­mos numa terra desbravada por gente de todos os rincões do Brasil e de quase todas as etnias europeias e asiáticas. Somos um cadinho de raças e um repositório de culturas, somos paranaenses.