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Com as novidades da tecnologia do sistema de televisão digital, podem surgir novas vagas de trabalho. Entenda o que muda |
Com as novidades da tecnologia do sistema de televisão digital, podem surgir novas vagas de trabalho. Entenda o que muda| Foto:

Recentemente, há duas semanas, abordei mais uma vez o bairro do Batel e as modificações que estão sendo planejadas, a serem introduzidas naquela cercania afamada de Curitiba. Recebi inúmeros telefonemas e cartas concordando e divergindo sobre o que foi registrado. Como a maioria assentiu com o ponto de vista histórico, e muitos pediram para que houvesse um retorno ao assunto, estou atendendo a tais solicitações neste domingo.

O leitor da Nostalgia está acostumado com o nosso papo orgulhoso de ter nascido e viver no Batel e, quando comecei a vida de repórter fotográfico aqui na Gazeta do Povo, em 1958, as primeiras fotos aéreas que realizei foi exatamente do Batel e da Água Verde. A foto que apresento é exatamente "o meu chão", cujas ruas, bosques, quintais, rios e banhados palmilhei milhares e milhares de vezes, principalmente na infância e adolescência.

Naquele ano de 1958, fiz um vôo para fotografias a bordo de um Pipper Cub, do Aeroclube do Paraná, avião de instrução de dois lugares, pilotado na ocasião pelo Álvaro Albuquerque. Dentre as inúmeras imagens gravadas na ocasião, apresentei a que considerei a mais incisiva. Para o leitor que gosta de navegar em cima das fotos antigas da cidade, ela é um prato cheio.

Vou fornecer várias coordenadas da imagem: ela foi feita do sul em direção ao norte. Em primeiro plano, vê-se a Sociedade Internacional da Água Verde com o seu antigo bosque. Portanto, ali é a esquina da Rua Iguaçu com a República Argentina. Essa segunda rua aparece em diagonal, cortando a Silva Jardim e atravessando parte da futura Praça do Japão, indo se encontrar com a Rua Saint’Hilaire exatamente na Avenida Sete de Setembro e, em cuja continuação, se vê a Rua Francisco Rocha em direção a Carlos de Carvalho e Bigorrilho.

A rua mais larga que aparece em três quadras é a Bruno Filgueira. A primeira quadra vai da Travessa Acir Guimarães até a Sete de Setembro, a segunda até a Visconde de Guarapuava e a terceira termina na Avenida do Batel, no portão de entrada da mansão e bosque que pertenciam à família Gomm. Nota-se que, depois do bosque dos Gomm, a rua continua em direção ao Bigorrilho.

A Bruno Filgueira principiava na junção das ruas Iguaçu e República Argentina e interrompia a pouco menos de cem metros adiante, no banhado da nascente do Rio da Água Verde. Quando a foto foi feita, a rua ainda não estava aberta entre a Silva Jardim e a travessa Acir Guimarães.

Deixamos o resto da viagem por conta do leitor, para que o mesmo ache outros pontos de referências. Aconselho aos mais novos procurarem saber mais sobre essa foto com os mais antigos, que viviam já naquela época. Desejo a todos um belo passeio ao passado.

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