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A Catedral de Curitiba em construção, ainda cercada de andaimes, em 1886 | Acervo Cid Destefani
A Catedral de Curitiba em construção, ainda cercada de andaimes, em 1886| Foto: Acervo Cid Destefani
  • A antiga Capelinha da Agua Verde na Avenida República Argentina, em 1952
  • Largo da Misericórdia e a Igreja do Bom Jesus, em 1925
  • Avenida Visconde de Guarapuava e a Igreja de Santa Terezinha, em 1950
  • Avenida do Batel e o Engenho de B.R. de Azevedo, em 1960
  • Praça Tiradentes e a Catedral em 1914
  • Praça Tiradentes e a Catedral em 1948
  • As indústrias de mate de Leão Junior e Cia, no Rebouças. Foto de 1948

O leitor já imaginou quantas igrejas, templos, casas e salas servem hoje para reunir fieis e crentes que, de alguma forma, pretendem estar perto de suas divindades, também preocupados com a vida após a morte e, indubitavelmente, preocupados com seus lugarzinhos no Céu.

A minha preocupação no momento não é a imensa quantidade de locais onde as ovelhas se reúnem aqui em Curitiba, tampouco com quem as pastoreia ou mesmo as tosquia. A minha criação, por parte materna, foi extremamente ligada à Igreja Católica. Já por parte de pai não havia necessidade em seguir alguma religião, mesmo porque ele não era contra nenhuma. Entretanto posso afirmar que meu bisavô, pai de minha avó italiana, partiu com a família da Lombardia, ao Norte da Itália, com destino à Colônia Cecília, em Palmeira, para fazer parte do grupo de Anarquistas liderados por Giovanni Rossi.

Esse meu bisavô foi infeliz: na sua chegada a Paranaguá morreu contagiado pela Febre Amarela e seu corpo foi enterrado na Ilha das Cobras, a mulher e os filhos se fixaram em Curitiba onde, a duras penas, sobreviveram e criaram vasta descendência. Quanto ao bisavô e avô paterno, eles chegaram a Curitiba no ano em que terminou o período imperial no Brasil. O primeiro trabalho que tiveram foi na construção da Catedral, já em fase de acabamentos.

Em 1993, ano que a Catedral de Curitiba comemorou o seu centenário de inauguração, fiz circular uma publicação com o nome de "A Cruz do Alemão", onde está descrito todos os desenvolvimentos ocorridos nos vinte e seis anos que a construção do templo ocupou até sua inauguração.

Na atualidade, a construção de uma igreja acontece rapidamente, para acolher fieis e crentes das varias dezenas de religiões existentes, e a cada dia que passa surge nova, com necessidade de acomodações para um público que se multiplica geometricamente.

Curitiba já é uma cidade com fama pelo volume de prédios e edifícios, assim como a presença de sua arquitetura. Já foi o tempo em que as Igrejas com suas torres sineiras dominavam a paisagem urbana. Nos dias de hoje surgem novos templos, ousados nas dimensões e nas linhas de seus projetos. Dois exemplos temos, por coincidência, ocupando áreas onde funcionaram engenhos da indústria ervateira. O primeiro, já construído no Batel, onde ocupa o espaço de meio quarteirão da área mais nobre e valorizada do bairro. Ali funcionou o engenho da firma BR de Azevedo & Cia.

Outra firma ervateira cuja propriedade foi vendida para a construção de outro templo. Era o espaço ocupado pela Leão Junior no Bairro Rebouças, um magnifico quarteirão onde eram produzidos vários chás, principalmente o então famoso Mate Leão.

Na sequência fotográfica mostramos a construção da Catedral e ela na paisagem urbana. A famosa Capelinha da Agua Verde, as Igrejas do Bom Jesus e de Santa Terezinha, assim como os dois engenhos de mate que dão seus espaços para templos religiosos.

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