Na atualidade ao observarmos o tráfego de veículos pelas ruas e estradas não fazemos a menor ideia de como se locomoviam antigamente o povo dos velhos tempos. Sabemos que as conduções dependiam de animais como cavalos e bois, que mais tarde vieram os bondes de mulas e as bicicletas e no fim do século 20 surgiram os primeiros automóveis. Em Curitiba, o veículo automotor apareceu em 1903 adquirido por Francisco Fido Fontana, industrial da erva-mate, e que também foi quem primeiro teve uma agencia de revendas de carros.
As carroças coloniais perduraram por longo tempo, sendo o meio de transporte tanto de italianos, poloneses e russos. Os primeiros ônibus ou jardineiras surgiram na década de 1920, os bondes elétricos substituíram os de mulas em janeiro de 1913, os taxis, conhecidos como carros de praça, apareceram também logo após 1910. O curitibano logo se entusiasmou com os carros, acontecendo um fato curioso, a cidade na década de 1930 passou a ter mais automóveis que telefones.
Ser proprietário de um veículo significava status e o personagem era considerado uma figura de prestigio e sucesso econômico. As viagens em principio eram feitas em curtas distancias se restringindo pelos arredores da cidade atingindo as cercanias, como São José dos Pinhais, Araucária e Campo Largo. As estradas apenas “carroçáveis” não permitiam o tráfego em tempos chuvosos.
O entusiasmo era tanto que os meninos eram vidrados em automóveis de brinquedos, tendo uma fábrica que ficou famosa instalada em Curitiba, o que não impedia o arrebatamento dos adultos que chegavam a promover corridas até na pista do Prado do Guabirotuba, tendo também, mais tarde, ocorrido circuitos pelas ruas da cidade.
A euforia em torno dos automóveis chega ao ponto de Curitiba possuir dois clubes de colecionadores de carros antigos, um de jipes e um de Volkswagens.
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