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| Foto: Sossella

Hoje vamos pegar a máquina do tempo da Nostalgia e chegar a locais e acontecimentos diversos, nas três primeiras décadas do século vinte. Chegaremos à época em que era prefeito da cidade o engenheiro Cândido de Abreu; em outra parte, vamos até a Rua Barão do Rio Branco quando Afonso Alves de Camargo governava o Paraná, em seu primeiro mandato. Daremos um pulo na Revolução que derrubou o mesmo, durante o seu segundo governo. Finalmente, apresentamos uma foto inédita sobre o movimento fascista, que campeou por estas bandas.

Quando Cândido de Abreu assumiu a prefeitura de Curitiba, em 1912, a cidade carecia de muitas melhorias. Com participação no vultoso empréstimo que o Brasil fez perante a Inglaterra, o ilustre alcaide introduziu melhoramentos na urbe curitibana. Muitos dos quais ainda permanecem e são admirados até hoje.

Reformas nas praças Ozório e Tiradentes, redesenhando o aspecto e instalando repuxos e coretos em ambas; a construção da Carlos Gomes, onde instalou o lago que lá se encontra; instalou a Eufrásio Correia, decorando-a com peças artísticas e uma fonte; recuperação e mudança do paisagismo do Passeio Público, onde instalou o famoso portão copiado do existente no cemitério de cães de Paris, o coreto mourisco e a cerca de cimento imitando troncos de árvores. Abriu e alargou avenidas, refez o calçamento da Rua XV e, no seu governo, foram instalados os bondes elétricos.

Em 1916, assumiu o governo do Paraná o advogado Afonso Camargo, que governou até 1920 e foi reeleito em 1928, sendo que este segundo mandato não chegou a cumprir por ter sido deposto na Revolução de 1930. Naquela década, o mundo foi abalado por mudanças radicais nos sistemas de governo; existindo na Itália o regime fascista de Mussolini e a instalação do nazismo na Alemanha.

O Brasil sentiu esta convulsão na tentativa de Plínio Salgado em instalar aqui o regime integralista, imitação tupiniquim do que Hitler introduziu na Alemanha. Tentativa que o ditador Getúlio Vargas fez abortar. Na mesma época, surgiu por aqui o movimento nazifascista, que amealhou admiradores, principalmente nas colônias alemãs, contando com a participação de militantes do malogrado integralismo. Este movimento também foi reprimido logo depois do início da 2.ª Guerra Mundial.

Aproveitando um velho ditado, talvez inventado por algum redator pouco inspirado como pretexto, vamos às fotos, pois, segundo o adágio, cada uma delas vale por mais de mil palavras.

Começamos com a primeira imagem, onde vemos um desfile de automóveis na Rua Barão do Rio Branco, em frente ao Palácio do Governo, em 1917, com a presença de autoridades na sacada e de curiosos na rua. Primeiro governo de Afonso Camargo.

As outras duas fotos seguintes são da Rua XV de Novembro, na época do Cândido de Abreu. Na segunda, vemos o moderno calçamento de lajotas antiderrapantes sendo instalado em 1912. A terceira imagem é da mesma Rua XV, na esquina com a Monsenhor Celso, em direção à Marechal Floriano. Nesta quadra, não sobrou nem um dos prédios da foto feita em 1914.

A quarta fotografia foi tirada diante do Quartel do 15.º Batalhão de Caçadores, na Praça Rui Barbosa. A aglomeração que vemos na frente era de civis que vinham se alistar, como voluntários, para participarem na Revolução de Vargas, em outubro de 1930.

A quinta imagem, inédita para muitos, mostra uma reunião da juventude nazista na Sociedade Rio Branco, no ano de 1937. Nessas reuniões, eram feitas demonstrações ao som de fanfarras marciais.

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