O curitibano sempre teve grande atração pela aviação, tanto é que do nosso Aero Clube já saíram grandes pilotos, desde a sua fundação na década de 1930. Os aeroplanos fascinavam e fascinam tanto as crianças como os adultos, tanto é que muita gente faz seu programa de domingo com uma visita ao Aeroporto Afonso Pena, para se empolgar com as chegadas e saídas das aeronaves sob o som estrondoso dos seus motores.
Mas e no passado, como era? Era pouco diferente, o aeroporto era o do Bacacheri. No começo, a atração ficava por conta dos aviões do 5.º Regimento de Aviação do Exército, isto logo depois de 1932. Em seguida os aviões Junkers, do Sindicato Condor, começaram a trazer e levar passageiros. Surgiu então uma companhia de aviação fundada em Curitiba pela indústria de Mate Leão, o Aerolloyd Iguassú, isso em 1933.
O leitor Eronides Cruz, em colaboração com esta página, enviou a fotografia maior que está sendo usada hoje. Ela foi tirada em 22 de setembro de 1934, por ocasião da viagem a São Paulo de Oscar Weber e sua esposa, Lydia Schiebler Weber. A viagem de avião era um acontecimento tão importante que toda a familiagem estava presente ao bota-fora.
Faço aqui a relação dos nomes das pessoas que aparecem em torno do comandante do avião, que na foto é a figura central. Agora vamos à sequência dos demais componentes da foto: João Schmidlin, Alfredo Nickel, Maria Schmidlin Bove, Ana Schmidlin Schiebler, Adelaide Schiebler Nickel, Luiza Eliza Schmidlin, Roberto Schiebler, Lydia Schiebler Weber, Oscar Weber, Reinaldo Schiebler com o filho Normando no colo e Jorge Schmidlin.
Os meninos que estão presentes na imagem são Gervis Nickel, Rubens Nickel e Guido Weber, sendo esse último a única pessoa viva na atualidade. Como o leitor curitibano e mais antigo pode notar, os sobrenomes¸ todos de origem alemã, estão ligados a casas comerciais famosas de antigamente em Curitiba. Schmidlin, da Casa Porcelana; Nickel, da concessionária Chevrolet; e Schiebler, da Casa Alumínio. E o sobrevivente Guido Weber, construtor civil.
Obviamente, a maioria dos leitores talvez nunca tenha ouvido falar nos ilustres personagens que apontamos, mas seus nomes estão aí. Entretanto, aqui fica a recomendação de que uma fotografia só tem valor com as anotações no verso de que local foi tirada, o evento, a data e o nome das pessoas que nela aparecem. Caso contrário será mais uma foto sem valor para o futuro, e até mesmo para a própria história. Exemplo que damos nas demais fotos, onde não estão identificadas as pessoas.
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