Caindo no velho golpe 1

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Em pleno século 21 ainda tem gente que cai no velho conto do bilhete premiado. Na última segunda-feira, uma viúva de 66 anos, de Curitiba, sacou R$ 30 mil do banco e levou os golpistas até seu apartamento, onde lhes entregou todas as suas joias. Ela foi abordada na Rua Padre Anchieta, no Bigorrilho, por volta do meio-dia, por uma mulher idosa que dizia ser do interior. Logo, o comparsa entrou na conversa oferecendo ajuda às duas.

Depois, a vítima ainda circulou no carro dos golpistas por um tempo até ser deixada em uma farmácia, onde desceu para comprar um remédio para a "senhora idosa", que simulou estar passando mal.

Caindo no velho golpe 2

O delegado adjunto da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas, Vinícius Borges Martins, disse ontem à coluna que o golpe persiste devido à ganância das vítimas. Ele descarta qualquer outro tipo de fator que possa levar as pessoas a cair na conversa dos golpistas. E entre as vítimas estão até mesmo mães de policiais, civis e militares, segundo contou o delegado.

Caindo no velho golpe 3

Vinícius Martins disse ainda que é um crime difícil de punir porque os golpistas são de outras cidades. E mesmo quando são presos, ficam no máximo dois dias na cadeia por ser um crime que não envolve violência. Ou seja, a vítima entrega dinheiro e joias voluntariamente. "É o crime que compensa", disse.

Segundo o delegado, as regiões mais visadas pelos golpistas são o Centro e os bairros Bigorrilho e Mercês pela alta concentração de prédios residenciais antigos, onde vivem aposentadas e viúvas, e de agências bancárias.

Lição de casa forçada

A propósito da nota sobre o segundo assalto sofrido pelo restaurante Madero da Praça da Espanha, a leitora Zuleika Giotto diz que o vizinho Colégio Sion teve de alterar, a partir desta semana, o esquema de saída dos alunos no final da tarde em razão dos assaltos. Segundo ela, os bandidos rendem os pais enquanto eles esperam a saída dos filhos.

Cada um na sua

Uma mesa-redonda vai discutir a relação entre Igreja e Estado na UFPR. O evento "Laicidade em ação: princípios e políticas públicas" será realizado na próxima quinta-feira no anfiteatro 100 do Edifício D. Pedro I. "Estado laico não é Estado ateu. Laicidade consiste em o Estado não ter nenhuma doutrina oficial, ou seja, não impor aos cidadãos crenças, nem pressionar a sociedade", diz o cientista político da UFPR, Gustavo Biscaia, um dos debatedores.

Sob nova direção

Leonardo Petrelli, vice-presidente do Grupo RIC, confirmou à coluna, anteontem, a compra da revista Top View, conforme informação publicada aqui na última segunda. Também confirmou a permanência da publisher Cíntia Peixoto à frente da publicação, com uma participação minoritária.