• Carregando...
Dona Maninha rodeada pelos filhos Rodrigo, Rodolfo, Ricardo, Jacirley (Leley), Roberta e Renata (a partir da esquerda)Álbum de Família

A carioca da gema Maria Regina Soares Santos, Maninha para os íntimos, é uma mãezona em todos os sentidos. Seus seis filhos, quatro homens e duas mulheres, e os sete netos, são a razão de sua vida, como para qualquer mulher devotada à maternidade. Todos, à exceção de uma das filhas, que mora em Paris, se reúnem religiosamente às quintas-feiras no apartamento dela, no Bigorrilho, para o almoço. É mamãe pra cá, mamãe pra lá fora, outros chamegos dirigidos à matriarca, de joviais pré-80 anos a serem completados em junho. Quando estão juntos, dona Maninha é a verdadeira rainha do lar para sua unida prole, espalhada por inúmeros porta-retratos pela casa, repleta de antiguidades e obras de arte. Mas o que tem de especial a história dessa senhora elegante e de fala amena, com indisfarçável carioquês? Ela é mãe de seis filhos adotados, todos com poucos dias de vida, é pouco comum, convenhamos. Ela reluta em usar essa palavra e até solicita ao colunista que não a escreva, preferindo dizer “filhos do coração”, com receio de expor a intimidade da família a quem não interessa. Seus filhos Jacirley, o Leley, Rodolfo, Rodrigo, as gêmeas Roberta e Renata e o caçula Ricardo formam uma família mais que entrosada e bem resolvida. Todos são profissionais bem sucedidos e casados, à exceção de Ricardo, o único solteiro, que ainda mora com a mãe.

Uma história de amor

Depois de quatro anos de casada com o também carioca Raphael Rosário Lauro Santos (falecido há 11 anos), ela ainda não conseguira engravidar. “Naquele tempo não havia esse modernismo de tratamentos, essas coisas”. E acrescenta que isso nunca foi um problema na vida do casal. Na época, as amigas diziam que ela era corajosa por assumir tanta responsabilidade, mas dona Maninha afirma nunca ter se assustado com as opiniões alheias porque sempre contou com o apoio do marido na empreitada maternal. Fotografias antigas do casal rodeado pelos filhos, ainda crianças, habitam alguns dos porta-retratos.

Do Rio a família se mudou para São Paulo e em 1978 se estabeleceu em Curitiba, onde seu marido trabalhou como executivo de uma multinacional. Ela diz que sempre gostou de crianças e que era muito chegada nos sobrinhos. Aliás, a palavra família tem um peso todo próprio para dona Maninha. Ela e os três irmãos, entre eles o antiquário Roberto Soares, falecido em março, eram ligadíssimos. Hoje, restam apenas dois, ela e a irmã mais velha, que mora no Rio de Janeiro. Roberto, o irmão logo abaixo dela, se mudou para Curitiba para ficar perto da irmã, com quem falava várias vezes ao dia.

Mantra

“Quando dizem a mim essas crianças tiveram muita sorte eu digo: Sorte tive eu”. É seu mantra. Após repeti-lo, passou discretamente o dedo sob os olhos marejados. Mas como a intenção da coluna era contar sua bela história de dedicação e amor ao próximo, a promessa teve de ser quebrada. Dona Maninha há de entender. Afinal, ela é uma mãe com M maiúsculo, não é mesmo?

Dê sua opinião

O que você achou da coluna de hoje? Deixe seu comentário e participe do debate

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]