A prova em Austin foi marcada pela vitória de Lewis Hamilton, que fez uma manobra ousada para cima de seu companheiro de equipe, Nico Rosberg, para garantir uma ótima vantagem numérica para as duas corridas derradeiras do ano, na semana que vem no Brasil e na finalíssima em Abu Dhabi.

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Foi um importante troco em hora decisiva, afinal o inglês havia sido pego de surpresa no dia anterior, na disputa da classificação, após Rosberg ser o mais rápido no Q3 de forma impressionante. Parece até estranho, mas é o alemão quem tem mais poles na Mercedes – fato que se imaginava seria o contrário.

Em termos de corrida, Hamilton vem fazendo um final de ano impecável e já estaria com uma mão na taça não fosse a inédita disputa em rodada dupla na prova árabe. Com 50 pontos em jogos, tudo pode acontecer na prova de Abu Dhabi – caso não houvesse esta novidade, o inglês poderia ser até campeão em Interlagos. Quem diria que a novidade de 2014 pode até tornar um campeonato tão interessante quanto o deste ano com um desfecho que pode soar injusto.

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Outro assunto que dominou as conversas no paddock no final de semana no Texas foi a ausência de Caterham e Marussia, mostrando que o grid está esvaziando. E não dá para culpar apenas a má gestão destes times ou mesmo uma crise econômica. A F-1 ficou muito mais cara nesta temporada por conta das novidades tecnológicas, sobretudo em questão da introdução do novo motor turbo e das técnicas de recuperação de energia agora envolvidas no carro – muito mais amplas que o KERS.

Embora já tenha até anunciado piloto para 2015, a Sauber vive momentos difíceis, o que é uma pena não apenas para um grid minguado, mas também para proporcionar porta de entrada para grandes talentos da F-1, caso de Felipe Massa e Kimi Raikkonen, por exemplo.

Outro brasileiro, Felipe Nasr, esteve perto de fechar uma vaga no ano passado e agora poderia ter outra chance, já que a vaga de piloto de testes da Williams pode não se justificar com mais um ano da dupla titular, Massa e Bottas, confirmada já pelo time inglês no ano que vem.

Será que a ideia dos times grandes prepararem três carros no ano que vem sairá do papel? Isso já é praxe na Indy, Stock Car e Nascar, por exemplo. Bernie Ecclestone certamente já está mexendo seus pauzinhos. Afinal, o show não pode parar – e muito menos a porta de entrada para futuros ídolos do esporte.

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