Vitória do Paraná no STF /// Confraria /// Erosão /// Café Snege

Muito em particular ao Paraná, que há 119 anos amargava ausência no Supremo Tribunal Federal, a eleição do jurista Luiz Fachin, nesta terça-feira, 19, injeta dose de ânimo, vendo nossas cores integrando a mais alta corte da Justiça do País. Louve-se o Senado em referendar Fachin para a vaga de Joaquim Barbosa, desassociando-o de firulas de matizes políticas, deixando prevalecer o nome e a obra do mestre paranaense. O que se viu, atrelando nomes de variadas facções políticas do Paraná, como os senadores Álvaro Dias, Requião, Gleisi e a vice-governadora Cida Borghetti, em torno de Fachin, causa bem estar esta união, tão natural nas Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Essa união pode detonar, em parte, aquela anacrônica realidade da “autofagia paranaense”. /// Grupo restrito inaugura na segunda, 25, a Confraria Espiritual, encontro mensal com que alguns cristãos, jantarão em torno de temas espirituais. O preletor será o padre Ricardo Hoepers, uma das cabeças coroadas da intelectualidade católica local. /// Quem tem interesse pela história do Paraná deve ler “Ricardo Lunardelli”, o mais novo livro de Nilson Monteiro. Conta, resumindo uma história de pioneirismo e dedicação à agricultura a partir de Porecatu, a vida de Lunardelli. O fato marcante revelado: nos anos 1950, esse “pé vermelho” pregava e aplicava a técnica de curvas de nível em suas lavouras de café, como caminho para evitar erosão e garantir solo fértil. Depois, vieram as curvas de nível no Governo Canet e, mais adiante, de Osmar Dias, no Governo de Álvaro Dias. /// A multidão de amigos que Jamil Snege deixou em Curitiba deve estar contente: seu primogênito, o fotógrafo Daniel Snege e a mulher montaram um café – e bistrô – com nome de Café Snege, nas Mercês. Vale pela comida e pelo clima cultural que replica ­momentos do escritor.

Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem

1º Timóteo 2:5

Aplaudindo Piaf /// Parrilla Portenha /// Prato Verde e Amarelo /// Quem vem, Quem vai

Os grandes navegadores devem sua reputação aos temporais e tempestades

Epicuro

Dedicada à cultura francesa, não perdendo espetáculos de música, teatro e balé levados aos palcos de Paris, a elegante Terezinha Cunha Pereira compunha a platéia de Piaf! O Show no Guairão. Igualmente, tocados pela magnífica voz de Anne Carrere, o casal Daniella e Tuco Farracha de Castro, Leonida e Nadiesda de Azevedo Romanó, doutora na língua de Renoir. /// A bela casa de Cristina e Flavio Bettega no melhor estilo “Le Corbusier” no Parque Tanguá foi palco de uma parrilla portenha com grupo seleto de amigos que incluiu Bibi “Costa” e Luiz Carvalho, Isabela e Renato Almeida, Simone e Rafael Munhoz de Mello, os irmãos Maria Odette e Tataio Bettega, Cecilia e Sérgio Figueiredo. Os dotes culinários da anfitriã se fizeram presentes no bufê de hors d´oeuvres à italiana com receitas de renovados chefs como Claude Troisgros e Jamie Oliver. /// Das excelentes opções de Feijoada no sábado, o Mabu tinha em torno do tradicional prato verde e amarelo figuras sociais. No grupo, Vera Lupion em longo papo com o paulistano Vic Meirelles e os cariocas Fabiano Niederauer, André Ramos e Bruno Chateaubriand, todos em tempo de Inesquecível Casamento, em sua 4ª edição no Castelo do Batel. Na tarde, regida por Marcus Contin, dizia também presente Solange Elias, Eliseu Portugal, Cristiano Ross, Bettina Martinelli, Marcia Almeida e Andrea Omeiri. /// De giro pela Eslovênia, encantada com tudo que viu, retornou a fashion designer Denise Leal. Na semana, Gastão Cordeiro Filho tomou o rumo da Europa. No roteiro, França, Polônia e Hungria. Nossa embaixatriz na Arábia Saudita, a curitibana Claudia Marega passeia por Londres com Ana Aquino, sua irmã. /// O artista plástico Jair Mendes abre mostra dia 28, próxima quinta-feira, no Museu Guido Viaro. Ao lado da nova fase de desenhos, expõe também a coleção que criou para o filme O Cerco da Lapa, ficção de 1981, dirigida por Valêncio Xavier. /// Personagem de grande estima na sociedade paranaense, Tânia Ribas está convidando para a comemoração dos seus 70 anos. Dia 12 de junho, às 21h, no TABOO, de Luiz Alcino Ribas, seu filho. /// Leticia Moreira e Saturnino Ribeiro do Nascimento confirmam o sim dia 6 de junho, às 18h, na Igreja Santa Terezinha. Os convidados serão recepcionados no Círculo Militar do Paraná. A noiva é filha de Maria Clotildes Schmitt Moreira (in memoriam) e João Francisco Alves Moreira; e o noivo é filho de Gilda Maria Braga Cortezzi Ribeiro do Nascimento e Américo Ribeiro do Nascimento, meus estimadíssimos amigos.

Ário Taborda Dergint, engenheiro, membro da Academia paranaense de Letras, nome de relevo no sistema estadual de planejamento do estado (anos 80/90), muito conhecido pela grande e valiosa coleção de obras de arte que possui, recordou, em recente conferência, as muitas faces do arquiteto Rubens Meister. Foi em abril, dentro do Projeto Corredor Cultural, quando discorreu sobre a vida e obra de um dos arquitetos que mais ajudou a mudar as feições de Curitiba. A conferência nasceu de sugestão dos reitores da UFPR e PUCPR. A exposição de Ário “foi magistral”, garantem-me alguns que a ouviram e gravaram, no Centro de Estudos Bandeirantes, da PUCPR. A fala de Ário foi seguida de outra, do arquiteto Claudionor Beatrice, da UTFPR, também sobre o mestre Meister. Destaco da fala de Ário: ele começou por identificar Meister como “um vencedor”, para explicar que as limitações físicas sofridas com paralisia e ampliadas com outras numa das pernas, não lhe foram obstáculo. Ário disse acreditar que até “podem ter ampliado a força do gênio”, a quem apontou como o primeiro grande modernizador da arquitetura de Curitiba.”Era um modernista. Sua arquitetura faz o aspecto funcional revelar o estético, ao contrário da arquitetura clássica”, analisou Ário, que citou: grandes marcos da moderna Curitiba têm a assinatura do mestre Rubens Meister, como o Teatro Guaíra ( em que Dergint trabalhou como topógrafo e fiscal de obras, sob a supervisão do arquiteto), o Palácio 29 de Março ( Prefeitura de Curitiba ), a Rodoferroviária, a Igreja do Bom Pastor (na Vista Alegre das Mercês), o edifício da FIEP, na Rua Cândido de Abreu e inúmeros outros em que deixou sua assinatura. Ário Taborda Dergint por vezes se emocionou na conferência, mas manteve a distância crítica necessária: evitou que a amizade e a grande admiração pessoal por Rubens Meister influenciassem a apreciação do gênio que teve tudo para ficar acomodado na vida, em função de sua paralisia. As falas de Maria Luiza Marques Dias e Salvador Gnoato, em outra noite, no Centro de Estudos Bandeirantes, ampliaram a análise da vida e obra desse mestre. As palestras foram introduzidas pelo professor de História da Arte Fernando Bini. Ário, não tenho dúvida, fez um registro singular, único, da memória da Arquitetura de Curitiba.

Momentos de grande beleza, sensibilidade e emoção deram o tom ao enlace de Deborah Millani e Alexandre Tacla, no último sábado, nos salões do Clube Curitibano. Belíssima, vestindo modelo de Junior Santaella, de São Paulo, a noiva encantou, igualmente pela voz, com o canto gospel, de Aline Barros, Meu eterno namorado, na cerimônia oficiada pelo pastor presbiteriano Juarez Marcondes, no Salão Verde. A celebração festiva no Salão Azul transportou os 800 convidados a um cenário de sonho. Concebida por Ilse Lambach, a ambientação, seguramente única no histórico de sofisticação e bom gosto, trazia inspiração barroca. A profusão de ânforas e vasos dourados, arranjos de flores em tons de branco, da Flor de Liz, mais o mobiliário antigo em madeira nobre, cadeiras de desfile de alta costura, eram de impactar. Árbitro social, Norma Camargo, como o arquiteto Mario Siqueira Campos, enalteciam aquela montagem de absoluto requinte. A celebração, que teve como atração musical Michel Teló, foi regada ao champanhe Veuve Clicquot, sendo o jantar grifado pela correta Nuvem de Coco. Os doces, o máximo, eram de Simone Nejn. Os noivos seguiram em lua de mel para as Ilhas Maldivas, Dubai e Paris.