Quem acompanha Zoom lembra. Em 29 de abril, a coluna comentava: "A região da Raposa Serra do Sol, entre vales, lagos e montanhas na serra da Pacaraima não são apenas 18 mil índios disputando espaço com oito arrozeiros, próximo do sítio arqueológico da Pedra Pintada, na fronteira com a Venezuela". Na ocasião, baseada em relato do jornalista Sebastião Nery, dizíamos: "A área é rica em ouro e diamantes, uma cintilante raposa mineral, onde operam 25 mil garimpeiros e uma agência do Bradesco compra 50 quilos de ouro ao dia". Agora, finalmente, a raposa sai da toca. O IBGE confirma 26 áreas ativas de garimpo de diamante, conduzidas por índios, a Polícia Federal confirma a presença de índios em garimpo, e a Funai confirma a existência de garimpos na área. O problema é que a exploração mineral em terras indígenas não é permitida. Falta regulamentação do artigo 231 da Constituição, que condiciona a pesquisa mineral em áreas indígenas à autorização do Congresso Nacional. Ali, o importante está escondido debaixo da terra.
Tiraram as primeiras pedras
Caetano Veloso considera "crime cultural e indecência a guerra suicida às calçadas portuguesas, e a sua substituição por precários pavers de concreto. Os incômodos que, por ventura, venham da má conservação, não são motivos para destruí-las. É só reassentá-las bem" diz Caetano, ao falar das veneráveis pedras de sua Salvador e da nossa Curitiba. Tem toda razão. Aqui, o professor de engenharia Fernando Reis também lamenta "a criminosa substituição do diabásio preto e do mármore branco das calçadas com pinhões, desenhadas pelo artista Lange de Morretes, trocados por banal paver industrial".
Pirâmides preservadas
Acaba a tradicional foto dos turistas em dorso de camelos, diante da Esfinge e das pirâmides, no Cairo. Para ser preservado das ameaças terroristas e dos turistas predadores, o sítio arqueológico de Gizé, de 5 mil anos, mereceu proteção de 199 câmeras de vídeo, detectores de metal, máquinas de raios x, portões e cercas de tela. Tanto mascates quanto turistas que levam souvenirs ou grafitam monumentos, e até promoters predadores estão banidos. Farouk Hosni, o eficiente ministro da Cultura do Egito, comemora. Valeu o investimento de US$ 26 milhões. Já não era sem tempo. A Humanidade agradece.
Champagne
Entre "feux dartifices", Andressa Lanza Lopes e Antonio Alves de Assis casaram, sábado. A noiva descende dos Lanza, famosos pelos espetáculos de fogos de artifício mais bonitos do mundo, como os do réveillon do Rio. Moisés Lanza foi padrinho da noiva.
*** Entre os que brindam aniversários: Rubens Nasser, Ivo Mendes Lima, Alzeli Basseti, Rogério Mainardes.
*** Ortopedista do time, William Yousef comemora a boa campanha nacional do Coritiba. Aliás, a torcida coxa-branca treme com a perspectiva da venda do atacante Keyrrison. Seu contrato de passe, pertencente à Traffic, vence em abril.
*** Globalização: quarta, no Business, diante de bacalhau norueguês, Melanie Moro jantava com exportador chinês. Adiante, Mirna Cortopaxi, Jaçanã e Luís Groff recebiam australiano, dono de vinhedos Shiraz. Curioso, Groff perguntava: "Do you eat canguru?".
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Serviço
"Nada encoraja mais o medroso do que o medo dos outros", diz Umberto Eco. Até terça. É o que temos. E, decididamente, não é o que merecemos.
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