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Carolina Josefa Leopoldina (1797–1826) chegou ao Rio de Janeiro com mentalidade conservadora, e ali morreu em 1826, aos 29 anos, com o espírito liberal, iluminado pela luz das novas idéias, depois de inspirar Dom Pedro e José Bonifácio no processo da independência do Brasil. Trezentas e quinze cartas, selecionadas entre 850 missivas pesquisadas, da correspondência da primeira imperatriz do Brasil, entre 1808 e 1826, vão oferecer ao leitor minuciosa perspectiva de D. Leopoldina de Habsburgo e Bragança, e de seu tempo. O livro "Cartas de uma imperatriz", de Bettina Kann e Patrícia Souza Lima, abre com cinco ensaios a mapear aspectos diversos do mundo em que se deu a invenção do Brasil, em 1822.

Leopoldina, mãe do Brasil

As saudades da princesa austríaca, seus belos desenhos sobre a natureza exuberante do Rio e suas confissões sobre Dom Pedro I, mostram o amadurecimento da jovem Leopoldina em solo brasileiro. A imperatriz teve importante papel no processo da nossa Independência, conduzido, a seu ver, por "um imperador inculto, despreparado para governar, deslumbrado com as novidades políticas dos livre-pensadores europeus, os apetites demasiadamente tropicais para o comportamento de um príncipe".

Desenvolvimento humano

Patrocinado por Lily Safra, a poderosa viúva do banqueiro Edmond, o cientista criou no Rio Grande do Norte, um Instituto de Neurociências e Desenvolvimento Humano. Ali, doze pensadores residentes fazem da pequena cidade de Macaíba, um dos centros da rede mundial de estudos sobre o cérebro humano. Em SP, Nicolelis trabalha com aequipe médica do Hospital Sírio-Libanês, para realização da revolucionária cirurgia, capaz de permitir a eficiente conexão do cérebro de um paciente com um braço robótico. Seria personagem interessante para colóquio científico quando da inauguração do Hospital de Reabilitação de Curitiba. Fica a sugestão.

A pechincha e o dragão amarelo

Um paranaense fabricante de móveis aventurou-se pela China, em visita a seus concorrentes. Para surpresa sua, uma cadeira exclusiva, que no Brasil custa R$ 2 mil para produzir, lá pode ser comprada por 97 dólares. As linhas de produção na China envolvem várias fábricas. No caso de cadeiras, por exemplo, uma fábrica injeta o aço, outra dobra, outra faz o polimento, outra estofa, e uma última embala. Tudo com empregados em condições subhumanas, trabalhando sem repouso, todos os dias do ano. Se o Brasil não criar barreiras alfandegárias, a nossa produção industrial e o potencial de empregos dela derivado correm sério risco.

Olhos de Mao

O retrato de Mao Tsé-tung pintado por Andy Warhol foi vendido por mais de 17 milhões de dólares. É o maior valor de uma obra do rei da pop art. O feliz proprietário, empresário em Hong Kong, pode ser contado entre os mais ricos do mundo. O quadro, de 1972, é visionário. Warhol previu que o mundo capitalista iria apreciar o rosto da China. Nos meios empresariais do Ocidente não se faz outra coisa. No ano passado, foram 38 mil os turistas brasileiros na China. Com os jogos olímpicos mundiais, o número vai crescer.

Próteses movidas pelo cérebro

Captar impulsos nervosos do cérebro humano, garantindo o movimento de próteses em pessoas paralisadas, o objetivo de vida de Miguel Nicolelis, cientista brasileiro, de apenas 45 anos. Diretor do Instituto de Neurociências da Universidade de Duke, na Carolina do Norte, desde 2004 – longe do pacto de mediocridade que semeia a inveja científica nas universidades do Brasil – Nicolelis tem realizado suas experiências, com sucesso, nos EUA.

Champagne

O atacante Rafinha, que já estrelou o nosso sofrido Coritiba no tempo em que o time era de primeira, agora brilha, artilheiro do Schalke 04, esquadra líder do campeonato alemão, e comemora. *** Brindam aniversários: João Casillo, Jorge Guirado, Carlos Eduardo Rosenmann, Judy Nunes, Nestor Bueno, Ana Amélia Filizola, Roberto Requião. *** Marco Caron Filho comemora em Paris, onde faz pós-graduação. Lá, brinda com champagne nacional, é claro. *** Jefferson Kulig comemora o sucesso na SP Fashion Week. O estilista curitibano mostrou cocares de fios de náilon que arremataram a silhueta dos ombros até os pés, formando um arquitetônico resplendor a contornar os belos modelos, que arrebataram as platéias.

Zoom zoom

Não esqueça de votar no Senna, como o maior piloto de Fórmula 1 de todos os tempos, na pesquisa do jornal italiano Corriere della Sera. Não deixe o Schumacher passar na frente do brasileiro. Vote no Senna. Vamos lá, clique www.corriere.it/appsSsondaggi/pages/corriere/d_96.jsp *** O leitor Newton Almada não concorda com a idéia de comemorar aqui também o São Valentin, dia dos namorados no Primeiro Mundo. Diz: "já foram incorporados tantos costumes e eventos do norte aqui no sul, como o dia das bruxas que só falta comemorarmos também, como os norte-americanos, o dia de ação de graças", afirma Almada. Quanto ao dia das bruxas, a coluna concorda com o leitor, é completamente desnecessária a "importação". É bom, no entanto, brindar o amor e dar graças a Deus, sempre. Valeu a polêmica. *** Louise e Giovani Gionedis dividem o tempo de trabalho entre seus dois escritórios: aqui e o de exportação, no porto de Itajaí. *** Marta Moro presenteou o Santuário de Guadalupe com um tapete belga, nos tons de vermelho royal, da Alcaçuz, objetos de arte de Aimoré Raiser. Aliás, Padre Reginaldo tem tido a igreja, de mil lugares, completamente lotada de noticiáveis, às sextas, na missa do meio-dia, novena de Jesus Misericordioso. *** Luiz Roberto Araújo lidera o movimento "Amigos e Heróis da Lapa" para divulgar os fatos da Revolução Federalista de 1893, as lutas entre pica-paus e maragatos. E sonha com legendário seriado tal "A Casa das Sete Mulheres", a saga farroupilha narrada pelo talento de Maria Adelaide Amaral. *** Vila Frei Galvão: a leitora Sandra Rocha pede à prefeitura de Curitiba, por meio desta coluna, que a Vila Santana, no antigo bairro Campo de Santana, receba o nome de Vila Frei Galvão. Assim, além de homenagear o primeiro santo brasileiro, o endereço teria maior clareza e não seria confundido com o nome do bairro. Hoje, ambos denominados Santana.

É o que temos. Até terça. "Assim caminha a humanidade, com passo de formiga e sem vontade...", diz o roqueiro Lulu Santos d’aprés Cícero, o clássico orador romano autor das Catilinárias.Fale conosco pelo e-mail: margaritasan@msn.com. Tel. de Zoom (41) 3324-4000 / Fax (41)3324-4002

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