Imposto do cão

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Embora a China tenha sido o primeiro país onde os cachorros foram domesticados – há 12 mil anos, dizem os arqueólogos – nos tempos da Revolução de Mao Tsé-tung era proibido aos chineses possuir cão. Nem um pequenino cachorro pequinês, nascido em Pequim e nominado em homenagem à capital da China. Os únicos permitidos eram os cães criados exclusivamente para corte. A carne de cachorro, caríssima, sempre foi prato refinado, consumido só por abonados. Hoje, algumas famílias já têm seus cachorrinhos de estimação, por isso o Parlamento chinês vem de propor um imposto sobre cães, proibindo também a manutenção dos exemplares grandes ou de comportamento agressivo. Em função de mortes de chineses por raiva, grandes massacres de cachorros já foram ordenados em várias províncias. No Brasil ainda não pagamos diretamente o imposto de cão, mas a fatia do leão já vem embutida no custo da ração, do veterinário, do banho e tosa, dos passeios e do vestuário do amoroso cãozinho.

Brasil anoréxico e erótico

Os brasileiros consomem 90% das drogas para emagrecimento produzidas no mundo, diz pesquisa da Secretaria Nacional Antidrogas. Desde 2001, o número de usuários deste gênero de medicamento dobrou para 3% da população. Barrar esse tipo de droga é difícil, onde o desejo de emagrecer cresce na exata proporção das altas temperaturas do verão tropical. Todo mundo com a obrigação de ficar, senão nu, pelo menos, de tanga, ao ar livre. E ainda não apenas viável, mas belo aos olhos dos outros.

EUA suspeitam do voto eletrônico

"As urnas eletrônicas não devem ser utilizadas nos Estados Unidos sem uma cópia de segurança do voto em papel", afirmam cientistas do Instituto para Padrões e Tecnologia dos EUA. Pela agência Reuters, a notícia chega desde Washington. O objetivo é garantir a apuração correta, alertam em relatório os mesmos cientistas: "Os EUA não devem usar sistemas de telas com toque a não ser que também imprimam cédulas no papel após a votação". Isto para que eleitores e a Justiça eleitoral possam garantir que os votos sejam corretamente contados. O relatório vem confirmar a avaliação de muitos cientistas de software livre, que têm argumentado, inclusive aqui no Brasil, já por sucessivos anos, que urnas eletrônicas são vulneráveis à adulteração. Isso explicaria resultados inexplicáveis em eleições.

Champagne

O embaixador da Bélgica vogou por aqui, informalmente. Mereceu jantar de seu cônsul João Casillo e foi passear entre as belezas de Foz do Iguaçu, sem escolta e sem assessores. Adorou. *** Brindam aniversários: Jader da Rocha, Rosi Greca, Ricardo Zonta, Mariza Azevedo. *** Marquinho Senff Peixoto comemorou o seu com jantar para 60 amigos, coordenado pelo bom gosto da mãe Manoela. *** Gilka e Norberto Castilho brindam o nascimento de netas, gêmeas, Eduarda e Renata, filhas de Dunia (Hamdar) e Rafael Castilho. *** Marco Caron Filho aproveitou um feriado europeu para voar de Paris a Budapeste, onde foi hóspede do famoso hotel Gellert, de piscinas azuis, fontes termais sob abóbodas de mosaico dourado, endereço preferido dos nobres Habsburgos. A viagem foi presente da namorada, que foi junto com ele. *** Enfim, um presidente da República elegante passou pelo Brasil: Horst Köhler, presidente da Alemanha, e sua mulher, deram aulas de "savoir-faire", nas duas semanas de aprazível convívio, por aqui.

Sensualidade calculada

A moda desta estação está mais calculada, menos exibicionista, a imagem é mais clássica e sofisticada. Voltam as bolsas, tipo carteira, mas têm de ser grandes, de preferência acompanhadas de luvas longas. Os cintos, largos, larguíssimos, quase um "corset". Os paletós estão mais masculinos, os casacos, militares com profusão de botões redondos dourados, são um sucesso. As calças aparecem justas, ou pantalonas. Os smokings masculinos, tornados femininos nos detalhes e imortalizados por Yves Saint Laurent, também imperaram nas novas coleções de Paris.

Estilo e imagem da moda

A moda de inverno traz botinhas de cano curto -– terminando antes do tornozelo, aliás, usadas ano passado na Europa – e as de cano bem longo, chegando até a altura das coxas. Trabalhadas em matelassê, pedrarias e bordados, fazem suspirar. Os ombros voltam a ser marcados com miniombreiras que, aliás, favorecem a mulher. As cores: preto, variações de roxo, vinho, pink e violeta, sem desprezar o azul turquesa, o laranja e o verde. Entre os metálicos, o prata reinou na coleção parisiense. O preto e branco, também.

Zoom zoomA arquiteta Gianna Caproni, após criar a nova pintura policrômica da secretaria da Educação – que tornou multicoloridos os espaços – agora vai coordenar as obras do novo Centro Judiciário, no ex-presídio do Ahú, conforme projeto dos paulistanos Köning Berger e Vanucci, vencedores de concurso nacional de arquitetura, instituído por Forte Netto. *** O deputado federal Ratinho Jr. sobe ao altar, abençoado pelo padre cantor Antonio Maria, da Capelinha dos Artistas. A eleita, Luciana, vai usar vestido criado em Curitiba, pelo estilista Julio Cesar, que também veste as "demoiselles d’honneur". A boda será à sombra de perobas rosas, numa antiga fazenda de café, transformada por norte-americanos em hotel-fazenda, a mais recente aquisição do patriarca Ratinho. *** Analzira Carneiro e Carlos Villatore comemoram a estréia, sábado, da filha Sabine no teatro Odelair Rodrigues, com a peça "Truque, Magia, Miado e Fantasia". *** O boletim que comemorou os 41 anos da Cohab-Curitiba foi lançado com pompa e circunstância, na Casa Romário Martins. As missas de inauguração do mais populoso bairro da capital, o Bairro Novo, estão datadas erroneamente, em 2001. Elas realmente aconteceram, em 1993 e 1994, com Rafael Greca prefeito de Curitiba. *** Ontem, comemoramos São José, padroeiro da família, dos operários, dos imigrantes, obrigados a viver na clandestinidade, e padroeiro da boa morte.

É o que temos. Até terça. Hoje, começa o outono, com este pensamento de George Sand, escritora que defendia um socialismo místico e foi musa de Chopin. "O outono é um andante melancólico e gracioso, prepara admiravelmente o solene adágio do inverno".

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