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Com apenas 29 táxis executivos, Curitiba se fecha ao Uber

 | Aloisio Mauricio/Folhapress
(Foto: Aloisio Mauricio/Folhapress)

Apesar ainda não dispor de um serviço de transporte executivo de passageiros consolidado, Curitiba decidiu se fechar ao Uber. Dos 3.002 táxis que compõem a frota da capital paranaense, apenas 29 estão enquadrados como executivos – os carros não são da tradicional cor laranja. Outros cinco taxistas que operam modelos convencionais apresentaram à Urbanização Curitiba S/A (Urbs) – que regula o serviço – pedidos para migrarem para o padrão executivo, mas ainda não há resposta.

Algumas cidades, como São Paulo, por exemplo, têm visto os táxis executivos como uma alternativa ao Uber. Neste mês, a capital paulista regulamentou aplicativos de celular que operacionalizam táxis, mas Uber se recusa a se encaixar no novo modelo. Em contrapartida, a empresa pública que administra o sistema de táxis por lá anunciou a emissão de cinco mil novas licenças para táxis executivos. Seria uma forma de atender esta demanda por serviços mais sofisticados.

Curitiba, no entanto, não planeja emitir novas licenças para quem queira dirigis táxis executivos, muito menos cogita se abrir ao Uber. O gerente da área de transportes comercial da Urbs, José Carlos Gomes Pereira Filho, destaca que a cidade tem uma das frotas mais novas do Brasil e que quase não há diferenças em relação aos executivos. “A nossa frota é muito nova, com uma média de dois anos e meio e um padrão de carros muito bom. A diferença acaba sendo apenas a cor”, disse. “Mas com as discussões em torno do Uber, temos observado que mais taxistas estão querendo mudar para o executivo. Querem trabalhar de uma forma diferente”, observou.

Autor de um projeto de lei que tem por objetivo proibir o Uber, o vereador Chico do Uberaba (PMN) avalia que seria uma boa saída para Curitiba seguir o exemplo de São Paulo e emitir novas placas exclusivas ao modelo executivo. “Teria de investir no serviço que já existe e melhorá-lo”, disse. “Acho interessante [o lançamento de novas placas], até porque Curitiba sofre com a falta de táxis. Basta tentar pegar um na hora de rush ou em dias de chuva para constatar”, completou.

A reportagem enviou uma lista de perguntas ao Uber, mas as questões não foram respondidas. No fim de agosto, a empresa declarou que não havia planos para que os serviços se expandissem ao Paraná. A startup já havia aberto processo para contratação de três profissionais em Curitiba, mas informou que, em geral, as vagas demoram meses para serem preenchidas. “A Uber tem vagas abertas em diversas cidades onde não opera e não há prazo para iniciar a operação”, disse nota emitida à época.

Hoje, o aplicativo está disponível em mais de 300 municípios, de 58 países. No Brasil, o Uber atua em apenas quatro capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília.

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