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violência

Com chacina, Grande SP bate recorde de vítimas de homicídio em 2015

Em agosto, a Grande São Paulo teve o maior número de vítimas de homicídios em todo o ano. Foram 106 mortes registradas. Os dados fazem parte de relatório divulgado pela SSP (Secretaria de Segurança Pública) na tarde desta sexta-feira (25).

No dia 13 de agosto, em Osasco e em Barueri, na Grande São Paulo, 19 pessoas foram mortas em uma mesma chacina.

Em comparação com o mesmo mês do ano passado, quando 88 pessoas foram assassinadas, o índice cresceu 20,4%.

O secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, admitiu em entrevista coletiva nesta sexta que a chacina na Grande São Paulo contribuiu para o aumento no número de vítimas de homicídio.

Segundo Moraes, os comandos das polícias da região não devem ser trocados.

Segundo dados da Ouvidoria da Polícia de SP, policiais civis e militares mataram 571 pessoas entre 1º de janeiro e 31 de agosto de 2015 no Estado de SP. O número é 17% maior do que o dos oito primeiros meses do ano passado. É o maior índice desde 2006.

O levantamento considera os homicídios dolosos em serviço, homicídios dolosos fora de serviço e resistências seguidas de morte.

Dados antecipados

Na quarta-feira (23), seguindo a estratégia de fatiar o anúncio mensal dos números da segurança pública, o secretário divulgou apenas as estatísticas positivas dos crimes cometidos na capital paulista em agosto.

Em evento, o secretário, que estava ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), comemorou o fato de a cidade de São Paulo ter atingido o menor índice de homicídios, por 100 mil habitantes, da série histórica iniciada em 2001.

“Os homicídios caíram 24%, um recorde histórico. Temos 9,22 homicídios por cem mil habitantes”, afirmou Moraes. Os dados de agosto de 2015 são comparados com os do mesmo mês do ano passado. Enquanto agora existem 67 registros de homicídios na capital, em agosto de 2014 ocorreram 84 crimes do mesmo tipo na cidade.

Questionado porque os homicídios registrados na Grande São Paulo não foram divulgados junto com os dados positivos da capital, ele justificou que os dados ainda estavam sendo tabulados.

Sobre as investigações, que ainda não trouxeram nenhum resultado prático, Moraes disse que não se pode confundir prioridade com pressa. Segundo ele, quando os suspeitos forem apresentados ao Judiciário eles ficarão “presos por muito tempo”.

Pelos números oficiais da gestão tucana, quase todos os tipos de crime na capital tiveram resultado positivo em agosto.

Os latrocínios caíram 23% e os roubos de veículo 26%. Impactando até no preço do seguro, que não aumentou, segundo Alexandre de Moraes. Roubos e furtos em geral baixaram, respectivamente, 4% e 6%.

A ocorrência de crimes de estupro, segundo a secretaria, também caiu 13% no mês de agosto deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.

O governador afirma que essa forma de divulgação dos dados visa motivar a polícia e diminuir a insegurança da população de São Paulo. “É importante, até para estimular o trabalho policial, destacar os avanços”, disse.

Em nota, contudo, a Secretaria de Segurança Pública negou que faça a separação de índices positivos dos negativos com essa estratégia e anunciou nesta quarta todos os indicadores de criminalidade da capital, assim como na terça-feira (22) divulgou todos os índices sobre roubos a carga.

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