| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

50 manifestaram insatisfação com a Copa

Cerca de 50 manifestantes esperraram por Dilma na frente da Arena da Baixada. Eram pessoas do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba (Sinditest-PR) e do Movimento Mulheres em Luta (MML), protestando contra os altos investimentos ligados ao Mundial. Ainda pela manhã, assessores da Presidência também se reuniram com integrantes do Movimento de Luta por Moradia (MPM). O encontro, que teve participação da Cohab, terminou sem uma lista de medidas práticas e sem prazos definidos. Mesmo assim, o MPM considera que houve avanço no encontro, porque o poder público se mostrou "sensível às causas" e se comprometeu a manter o diálogo.

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Em Curitiba para anunciar obras do metrô da capital pela terceira vez, ontem, a presidente Dilma Rousseff (PT) surpreendeu ao incluir a revitalização do Contorno Sul da capital paranaense no programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Estimada em cerca de R$ 400 milhões, a obra prevê uma recauchutagem completa do trecho de 14,6 quilômetros, que vai da BR-277, no bairro Orleans, até a BR-116, na altura do trevo da Ceasa. Com essa obra, a cidade vai receber um aporte de R$ 5,6 bilhões para obras de mobilidade urbana, incluindo as verbas para o metrô, ampliação do BRT, conclusão da Linha Verde e remodelação do Inter 2.

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INFOGRÁFICO: Confira o pacote de obras para mobilidade em Curitiba

O projeto do Contorno Sul é elaborado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), em parceria com o Ippuc, em razão das interferências do traçado na área urbana, especialmente na parte sul da Cidade Industrial de Curitiba. Segundo o DNIT, a projeto da obra está em fase final, com previsão de término em junho. Segundo Dilma, a licitação da obra pode sair até o fim de agosto, por meio do Regime Diferenciado de Contratações (RDC).

Metrô

A obra mais cara do pacote é o metrô, que vai custar R$ 4,5 bilhões, e teve uma "novidade": o retorno de uma estação que havia sido eliminada do traçado junto com outras quatro quando o consórcio Triunfo Participações e Investimentos, vencedor do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), apresentou o projeto do modal. De acordo com o secretário municipal de Planejamento, Fábio Dória Scatolin, a Estação Santa Regina, que fica entre os terminais do Pinheirinho e Capão Raso, havia sido excluída por conta da demanda pequena de passageiros. "Houve uma insistência do prefeito, a partir das audiências públicas, então optamos em colocá-la", diz.

O prefeito Gustavo Fruet (PDT) afirmou que a cidade "fez a lição de casa" sobre o metrô e ressaltou a importância do conjunto de obras de mobilidade, que devem ficar prontas em até três anos. "Estamos colocando as contas em dia, mas não é simples. É a era das cidades. Temos de apressar o passo. A cidade cresceu mais que a capacidade de intervenção". Segundo Fruet, Curitiba receberá até o fim de sua gestão R$ 9 bilhões em investimentos.

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A presidente Dilma ressaltou a importância de humanizar os ambientes urbanos e concordou com o prefeito. Segundo ela, o século é das cidades e o desafio será sociabilizar as grandes metrópoles. Um dos instrumentos para isso, segundo ela, é investir em novos modais e dar eficiência ao transporte público.

"Sem a questão do transporte público de qualidade resolvida, não resolveremos a questão da mobilidade da cidade. Curitiba – diferente de São Paulo e Rio de Janeiro – tem a oportunidade rara. Nós podemos agora fazer investimentos para cidade ter acesso ao trilho e seja com trilho ou com a canaleta segregada, trata-se de garantir transporte rápido e eficiente", afirmou.

Dilma ainda defendeu o subsídio para a implantação de grandes obras. "Colocamos, sim, dinheiro a fundo perdido. Subsídio é necessário e sem isso não tem obra". A carteira de investimentos em mobilidade do governo gederal é de R$ 143 bilhões.

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