Com falta de médicos, diretora do IML de Ponta Grossa pede ajuda à prefeitura

O Instituto Médico-Legal (IML) de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, está sob nova direção desde segunda-feira (19). Com a falta de pessoal e problemas na estrutura do órgão, a nova diretora, Maria Valéria Lima, logo após assumir o cargo, recorreu à prefeitura da cidade para pedir médicos emprestados.

Conforme mostrou reportagem do telejornal Bom Dia Paraná, a sala de necropsia do IML é a mesma há mais de 15 anos, quando o prédio foi inaugurado, e, muitas vezes, não há espaço para colocar os corpos. Os equipamentos são antigos e apenas um veículo atende às ocorrências. Ao todo, 32 municípios, alguns a 300 quilômetros de distância, são atendidos pelo IML de Ponta Grossa.

A maior dificuldade que as famílias enfrentam, no entanto, é a demora na liberação dos corpos, que acontece por causa da falta de pessoal. Apenas três médicos se revezam nos plantões, que deveriam ser atendidos por, pelo menos, cinco.

Enquanto o governo do Estado não convoca legistas que já foram aprovados em concurso público, Maria Valéria espera que o município ceda alguns médicos para ajudar no trabalho. "Gostaríamos que, a princípio, nós pudéssemos contar com essa parceria do prefeito. Esses médicos inclusive já trabalharam conosco, quando fomos diretores do IML há quatro ou cinco anos atrás", disse ela, ao Bom Dia Paraná.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informou ao telejornal que deve redistribuir os municípios atendidos pelo IML de Ponta Grossa, de modo a reduzir o número de atendimentos pelo órgão. "Realmente é uma área muito extensa. Com estudos, viabilizaremos essa diminuição", disse o coronel Almir Porcides Jr., interventor do IML no PR.