Para tentar sanar o problema da falta de táxis na cidade, cooperativas, profissionais autônomos e Prefeitura de São Paulo já estão negociando a liberação de mais 1.200 alvarás para taxistas no começo de 2012. A ideia é que São Paulo tenha 35 mil táxis pelas ruas - além do aumento da demanda durante este ano, o governo está prevendo um crescimento no número de turistas que circulam na cidade por causa da Copa do Mundo de 2014.
"O prefeito já prometeu mais 1.200 alvarás, além dos 1.200 que foram concedidos neste fim de ano", diz Natalício Bezerra, presidente do Sindicato dos Taxistas de São Paulo.
A Prefeitura também assume que novos taxistas poderão ser necessários para atender um público cada vez maior na capital. "O Departamento de Transporte Público (DTP) faz estudos de forma permanente para avaliar a necessidade ou não da inclusão de novos veículos no serviço", afirma a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Transportes. "O DTP se baseia no crescimento populacional e na demanda causada pelos constantes eventos de turismo e negócios. Após a inclusão dos novos alvarás o DTP avaliará o reflexo e o impacto desses veículos no sistema viário. Se não atenderem à demanda, haverá disponibilização de mais alvarás".
Se a falta de táxis durante o dia já virou rotina para alguns paulistanos, nas noites e madrugadas o problema está se tornando cada vez mais aparente - principalmente depois do aperto da fiscalização da lei seca e da proximidade do Natal. A demanda foi multiplicada, mas o serviço está longe de atender o número de usuários. Dos 33.406 táxis que operam na cidade, 5 mil trafegam à noite, segundo estimativa do Sindicato dos Taxistas. As Os motivos são diversos, como os próprios motoristas revelam.
"Não é seguro, já fui assaltado duas vezes com uma arma na minha cabeça", diz Carlos Meireles, taxista há quase 25 anos, que trabalha em Perdizes, na zona oeste da capital. "Lidar com bêbado é horrível, eles acham que são donos do táxi", completa o motorista Maurício Pinheiro. "Tenho muitos amigos que trabalhavam à noite, mas agora preferem ficar de dia, para pegar as pessoas que estão indo fazer compras de Natal". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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