Passadas as negociações entre trabalhadores e empresas do transporte público de Curitiba e Região Metropolitana, o serviço voltou a operar com normalidade na manhã desta quinta-feira (23). Após oito dias de mobilizações de cobradores e motoristas, este é o primeiro dia sem surpresas, como longas filas e esperas, para os usuários do sistema.
No terminal do Pinheirinho, o dia começou movimentado, com mais passageiros nos pontos e muito mais ônibus circulando. Duas linhas importantes que passam pelo local, o Circular Sul e o Pinheirinho-Rui Barbosa chegam com uma frequência que surpreende quem já tinha se desacostumado a aguardar o embarque por menos de cinco minutos. “Hoje cheguei no tubo e já passou o Pinheirinho. Olha, quanto tempo que isso não acontecia, hein?”, disse Valdecir Gonçalves, de 40 anos, que trabalha no Hospital do Trabalhador.
O cenário no terminal era comum para uma manhã no meio da semana, com alguma lotação temporária nas plataformas e ônibus cumprindo a tabela de horários.
A cuidadora de idosos Rosicleia Almeida Ferreira, de 42 anos, aguardava, por volta das 8 horas, o expresso Pinheirinho-Calos Gomes, que também está com saídas normais nesta quinta-feira. Para chegar até o terminal, ela usou a linha Urbana, uma das mais criticadas pelos passageiros durante a greve. Agora, segundo ela, a circulação dessa linha está ocorrendo como o de costume. “O que não quer dizer que é bom porque está sempre lotado, mas disso a gente nem pode mais reclamar”, observa.
Na quarta-feira pela manhã, antes do sindicato dos trabalhadores do transporte, o Sindimoc, anunciar a suspensão temporária da paralisação, muitos passageiros reclamaram que nenhum carro da linha tinha passado na região antes das 6 horas. Normalmente, a saída das garagens é a partir das 5 horas.
No terminal do Santa Cândida e Cabral e nas estações-tubo do Juvevê e Centro Cívico, a situação também era tranquila, com muitos ônibus circulando no horário de pico.
No Boqueirão, o terminal do bairro também tem um dia pós-greve sem incidentes. As plataformas mais movimentadas, do “ligeirão” que leva até a Praça Carlos Gomes e do expresso Boqueirão, estão movimentadas, mas as filas não chegam a crescer rapidamente por causa da maior frequência de ônibus. Noel Chagas, de 22 anos, teve a oportunidade, inclusive, de esperar um segundo ônibus da ‘ligeirão Boqueirão’ para seguir até o Centro de Curitiba. “Dá para ir sentado e também estou um pouco adiantado, então hoje posso esperar”, comentou o jovem que trabalha no Branco do Brasil.
Acordo
A greve dos trabalhadores do transporte chegou ao fim na tarde desta quarta-feira (22), após os agentes do sistema entrarem em acordo quanto ao aumento do valor do vale-alimentação da categoria. O benefício subiu de R$ 500 para R$ 575.
Além deste reajuste, motoristas e cobradores também obtiveram aumento de 6% nos salários e abono salarial de R$ 400. O valor deve ser pago em maio de 2017 pela Urbs e junto com as férias do trabalhador, no caso da Comec. Inicialmente, os trabalhadores pediam reajuste de 15% nos salários.
Com o acordo firmado, o salário base dos motoristas passa de R$ 2.002 para R$ 2.112,12. Os vencimentos dos cobradores passam de R$ 1.247 para R$ 1.321,82.
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