Favela da Rocinha recebe ação policial no domingo: previsão de meia hora para ocupar o território| Foto: Rafael Andrade/Folhapress

Crime

Funcionária do AfroReggae é assassinada

A funcionária da ONG AfroReggae Tânia Cristina Moreira, 44, foi encontrada morta em Campos Elíseos, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A vítima foi sequestrada ontem dentro de sua casa, em Vigário Geral (zona norte do Rio).

Conhecida na comunidade como Tia Tânia, ela trabalhava há sete anos na entidade como mediadora de conflitos. Nascida e criada no bairro, Tânia era casada e tinha três filhos.

A ONG ainda não tem informações sobre os motivos do crime. Os sequestradores não fizeram contato com ninguém. O que se sabe é que dois homens armados teriam entrado na casa da funcionária na Rua São Bartolomeu, que não fica dentro da favela.

O caso está sendo investigado pela 38ª DP, em Brás de Pina (zona norte do Rio), e pela Divisão Anti-Sequestro. O corpo de Tânia está no IML de Duque de Caxias. O velório e o enterro ainda não foram marcados.

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A polícia do Rio espera levar pouco mais de meia hora para ocupar, neste domingo, as favelas da Rocinha e do Vidigal. A previsão leva em conta o fato de que a quadrilha que domina o tráfico local está desmantelada, após a prisão de Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem.

Ainda assim, uma megaoperação está sendo preparada. A tomada das favelas, que ficam na zona sul, terá as polícias militar, civil e federal, blindados da Marinha e helicópteros da polícia.

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O espaço aéreo ficará fechado a partir de 0h de domingo, em um raio de 2,8 km da favela. "Esperamos não disparar um tiro sequer", afirmou o secretário de segurança pública do Rio, José Mariano Beltrame.

Além do cerco à Rocinha, a polícia fez operações em outras favelas que poderiam abrigar traficantes em fuga. Na Vila Vintém, apontada agora como o principal reduto da Amigo dos Amigos, que vinha comandando o tráfico na Rocinha e Vidigal, foram presas dez pessoas.

Policiais bandidos

A participação de policiais civis e militares no esquema de proteção da quadrilha liderada por Nem na Rocinha e no Vidigal, fez o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), cobrar punição para os agentes que se corrompem para o tráfico.

Nem disse aos agentes da PF que metade do seu faturamento – R$ 100 milhões anuais segundo estimativa da Secretaria de Segurança – era destinado ao pagamento de propinas.

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