Um mês depois da criação, a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) deve sair do papel. O governador Beto Richa nomeou nesta quarta-feira (4) cinco delegados e trinta investigadores de Polícia Civil para a nova divisão da corporação. Eles devem integrar a equipe da DHPP que vai atuar na elucidação e investigação de homicídios ocorridos na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
Os cinco delegados da DHPP vão atender sete municípios da região metropolitana: São José dos Pinhais, Araucária, Colombo, Piraquara, Pinhais, Almirante Tamandaré e Fazenda Rio Grande. Estas são tradicionalmente as maiores cidades da Grande Curitiba e as que apresentam altas taxas de homicídios.
Além destes, outros 80 investigadores foram nomeados para atuar nas delegacias da Divisão de Polícia Metropolitana (DPMetro) - o trabalho deles não estará, com isso, ligado aos crimes da DHPP. Outro delegado foi nomeado para assumir a Delegacia de Cerro Azul, único município que até agora não tinha delegados.
Os novos delegados e investigadores serão chamados para iniciar os trabalhos na Polícia Civil gradativamente. Eles devem passar por um curso na Escola Superior da Polícia Civil para depois iniciarem os trabalhos na DHPP e na DPMetro. Apesar disso, eles já devem começar, assim que chamados, os trabalhos dentro da corporação em áreas administrativas.
Atuação
Segundo o delegado chefe da Polícia Civil Riad Farhat, o objetivo é que esses delegados usem as estruturas já existentes das delegacias dos municípios para trabalharem nas investigações de homicídios em cada localidade. "Eles devem trabalhar de mãos dadas com cada distrito para que possam trocar informações", diz.
Ainda segundo o delegado, o foco nesses municípios ocorre para que se diminua a criminalidade também em Curitiba. "A médio e longo prazo estamos realizando melhorias na investigação na RMC. Muitos dos marginais que atuam em Curitiba moram na região", explica Farhat. A retirada dos presos das delegacias da região, segundo ele, também deve ajudar nesse processo.
Quanto à estrutura da DHPP em Curitiba, por enquanto o prédio continuará sendo o mesmo que antes abrigava a Delegacia de Homicídios da capital. A Polícia Civil deve construir novas sedes para as quatro delegacias de homicídios que já funcionam na DHPP nos bairros de Curitiba. Porém, essas melhorias ainda não têm previsão de sair do papel.
No estado
Outros 421 profissionais da Polícia civil, dentre eles investigadores, papiloscopistas e outros delegados, também foram nomeados e devem integrar o quadro da corporação nas demais cidades do Paraná. Com isso, todas as comarcas do estado devem receber delegados e demais profissionais da Polícia Civil.
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