A Urbs, que gerencia o sistema de transporte coletivo em Curitiba, divulgou nessa quarta-feira (30), no Diário Oficial do Município, o valor da nova tarifa técnica do transporte coletivo de Curitiba. A partir de agora, o município vai repassar às empresas concessionárias do sistema o valor de R$ 3,66 por cada passageiro/dia. Segundo a projeção da URBS, as empresas de ônibus deverão receber cerca de R$ 64,7 milhões por mês – montante variável conforme o número de usuários por quilômetro rodado.
O aumento de 12% na tarifa técnica, que era de R$ 3,27, pôs em alerta usuários do transporte coletivo diante da possibilidade de aumento também da tarifa paga pelo passageiro, mas, pelo menos por enquanto, o valor não reajustado, garantiu a Urbs.
O valor pago hoje pelo usuário, inclusive, é maior do que a tarifa paga pela URBS às concessionárias do transporte coletivo. De acordo com a administradora do sistema, os quatro centavos de diferença entre os R$ 3,70 desembolsados pelos passageiros e os R$ 3,66 recebidos pelas empresas não “sobram”.
Segundo a Urbs, como as passagens de ônibus têm validade de cinco anos, hoje existe um número elevado de usuários que pagam menos do que os R$ 3,70. Os quatro centavos serviriam para cobrir esse rombo e equilibrar o custeio do sistema.
Composição da tarifa
Para chegar ao valor de R$ 3,66, a Urbs considerou os gastos com pessoal, encargos e benefícios; custos dependentes (como combustível, lubrificantes e peças e acessórios); rentabilidade justa, noção que engloba o número de veículos, os impostos exclusivos e manutenção de instalações; tributos federais e estaduais; amortização, que tem a ver com a frota disponível; e custo de administração.
Também foi incluída no cálculo o valor correspondente ao aluguel de 80 banheiros químicos e subtraído o montante referente aos investimentos não realizados pelas empresas na renovação da frota nos anos de 2013, 2014 e 2015.
Como é feito o cálculo
R$ 64,7 milhões é o valor estimado pela Urbs para o custeio mensal do sistema de transporte coletivo. Chegou-se a esse valor multiplicando a projeção de quilômetros rodados por mês (R$ 8,3 milhões) pelo custo de cada quilômetro rodado (R$ 7,71). Dividindo-se o resultado final por uma média de 17 milhões de passageiros por mês, chega-se aos R$ 3,66.
Outra forma de se chegar ao mesmo valor é dividir o custo de cada quilômetro rodado pelo Índice de Passageiros por Km (IPK) – que tem a ver com a quantidade de passageiros transportados por quilômetro rodado pelo ônibus –, que é de 2,1061.
Reação
A reportagem procurou o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) para saber como as concessionárias reagiram ao valor da nova tarifa técnica, mas não obteve resposta. Segundo a assessoria de comunicação, empresários estão analisando a tabela de composição tarifária e a viabilidade do novo valor.
A Urbs não informou qual foi o valor de tarifa técnica pleiteado pelas empresas.
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora