Brasília No segundo dia depois do primeiro turno das eleições, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) fecharam vários acordos para reforçar suas campanhas no segundo turno. Os dois candidatos concentraram parte das negociações com líderes do PMDB, partido que está dividido.
O candidato peemedebista ao governo do Rio de Janeiro, senador Sérgio Cabral (PMDB), declarou apoio a Lula, enquanto que a governadora do Rio, Rosinha Matheus (PMDB), e o ex-governador Anthony Garotinho (PMDB) vão reforçar a candidatura de Alckmin.
Alckmin recebeu ainda o apoio do governador de Santa Catarina e candidato à reeleição pelo PMDB, Luiz Henrique. Já Esperidião Amin (PP), que foi governador do estado por duas vezes, vai apoiar Lula.
Além do PMDB, os dois presidenciáveis disputam "palmo a palmo" os apoios do PDT, do candidato derrotado no primeiro turno Cristovam Buarque. O senador Jefferson Peres (PDT-AM), que foi candidato a vice de Buarque, disse que vai defender na reunião nacional que o partido dê apoio a Alckmin. Peres disse que o partido pode decidir pelo apoio a Lula "se ele fizer uma espécie de mea culpa, uma mudança de 180 graus".
Outro pedetista que está na lista de apoiadores de Alckmin é Osmar Dias, candidato do PDT ao governo do Paraná.
"Parceiro"
Em contrapartida, Lula fechou acordo com o governador eleito do Amapá, Waldez Góes (PDT). "Voto no Lula e farei campanha. Tenho nele um parceiro", declarou Góes.
A cooordenação de campanha de Lula comemorou também a confirmação de que o governador reeleito do Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS), que obteve 65% dos votos válidos, vai trabalhar pela reeleição do presidente.
Entre segunda-feira e ontem, Lula disparou telefonemas até mesmo para adversários. O petista cumprimentou, por telefone, os tucanos José Serra, eleito governador de São Paulo, e Aécio Neves, reeleito governador de Minas Gerais.
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