Os três grafiteiros agredidos no Saara, no Rio de Janeiro, compareceram à 4ª DP (Praça da República) nesta quinta-feira (28) para registrar o crime ocorrido na madrugada do dia 22. O caso veio à tona nesta semana após publicação de um vídeo mostrando as agressões. Após prestarem depoimento, os jovens foram encaminhados para o exame de corpo delito no Instituto Médico Legal, no Centro. Na saída da delegacia, um dos grafiteiros, que teve a perna esquerda fraturada, manifestou sua revolta.
Vídeo mostra grafiteiros sendo torturados no Centro do Rio
“O único sentimento que consigo sentir é revolta, não só por mim como por todo mundo que já sofreu isso aí e continua sofrendo na minha cultura. Na minha opinião, com tinta, você não mata ninguém. Com tinta, você não rouba ninguém. Pelo contrário, faço parte de uma das vertentes do hip hop que tem como objetivo incentivar e alertar sobre pessoas dessa mesma índole que continuam soltas por aí e impunes. Espero que a justiça seja feita e que mais pessoas não tenham que passar por isso de novo”, disse o jovem, de 21 anos.
Representantes do Polo Centro Rio Saara, associação que representa os lojistas do Saara, também foram ouvidos. O delegado-titular da 4a DP, Claudio Vieira, apura se houve crime de tortura e não informou se os agressores já foram identificados. De acordo com os grafiteiros, pelo menos cinco dos supostos seguranças teriam participado das agressões e outros dois teriam dado apoio.
O advogado André Barros, vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio, afirmou que a polícia também tenta localizar quem contrata os seguranças do Saara.
“Nós acreditamos na eficiência do trabalho da polícia. O local é conhecido. Está tudo filmado e fotografado. A gente acredita a polícia vai encontrar quem cometeu os atos e quem está pagando essa segurança. Essa é a questão principal. Paga-se a segurança, e eles pensam que são donos da rua e tem muita certeza da impunidade. A polícia não vai deixar isso barato”, afirmou.
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