Foi aprovado em segundo turno na Câmara Municipal de Curitiba (CMC) nesta quarta-feira (8) o projeto que autoriza a Prefeitura de Curitiba a contrair R$ 9,4 milhões de empréstimo da Caixa Econômica Federal (CEF) para a ampliação da linha Inter 2. A votação contou com 22 favoráveis, três contrários - Noêmia Rocha (PMDB), Chicarelli (PSDC) e Rogério Campos (PSC) - e com a abstenção de Carla Pimentel (PSC).
O valor é referente ao binário Ahú/Jardim Botânico, que recebeu críticas de moradores que acusam a Prefeitura de querer acabar com espaços verdes na região. Além de apontar a falta de diálogo em um projeto que "a vizinhança só ficou sabendo pela lei, Noêmia Rocha acusa o parágrafo que permite ao executivo dar "mandato pleno" à Caixa para quitar as obrigações financeiras do empréstimo.
O líder do prefeito, Pedro Paulo (PT), explicou que o procedimento é "padrão", pois é necessário que o município apresente garantias ao contrair um empréstimo, segundo informações da assessoria da Câmara.
A obra
O binário é parte do pacote "Ampliação da Capacidade e Velocidade da Linha Direta Inter 2", acordado entre o município e o Ministério das Cidades. Para essa etapa, que prevê a construção de vias rápidas nas ruas Padre Germano Mayer e Camões, o município irá entrar com uma partida de R$ 498 mil. Devem receber obras também a Rua Jaime Balão e a Avenida Sete de Setembro.
O presidente do Ippuc acompanhou a sessão e respondeu aos questionamentos dos vereadores. O movimento de moradores "Longa Vida ao Arquipélago de Camões" teme que o projeto destrua quatro "pracinhas" da região, para a passagem de carros.
Segundo o Ippuc, uma delas (a Praça Aviador Coutinho Bacci) será mantida intacta, e serão atingidas de forma parcial as jardinetes Leonardo Henke e Aline Parigot de Souza, além do Largo Izaac Lazarotto. Segundo o instituto, o projeto prevê a revitalização de outras áreas, de forma tal que a área verde irá aumentar em 72% ao final das obras.