Comando da PM abre inquérito para apurar morte de idoso

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O Comando do 20º Batalhão da Polícia Militar do Paraná, que faz a segurança na região Norte de Curitiba, vai abrir inquérito esta semana para apurar as responsabilidades pela morte de Antenor Nunes, de 82 anos. Na manhã de domingo (2), ele foi atingido por uma bala perdida, dentro da própria casa, durante troca de tiros entre policiais e quatro homens. O caso aconteceu na Rua Luiza Lelia Gulin Geronasso, no bairro Boa Vista.

O enterro do corpo de Antenor Nunes foi realizado às 10 horas desta segunda-feira (3), no cemitério do Santa Cândida. De acordo com João Nunes, filho da vítima, é possível que a bala tenha partido da arma de um policial.

"Meu pai estava na sala, levantou para ver o que estava acontecendo e caiu com um tiro que varou a parede de madeira. Como os bandidos estavam em frente à residência, provavelmente o tiro partiu da polícia que estava do outro lado", disse, em entrevista ao jornal Gazeta do Povo.

E a outra filha de Nunes apela. "Eu quero saber quem matou meu pai, independente de quem seja, eu quero que seja feita justiça", disse Janete Lacerda Lima, em entrevista ao ParanáTV desta segunda-feira (3).

A Polícia Militar se defende. "Não há muito tempo para você analisar, no momento que você está sob fogo de meliantes que nada têm a perder", afirma o comandante da PM, Luiz Alberto Borba. A assessoria de imprensa da Polícia Militar não informou mais detalhes sobre as investigações, apenas que as testemunhas começam a ser ouvidas ainda esta semana.

Tiroteio e prisões

O tiroteio teria iniciado após uma perseguição policial. Os fugitivos só teriam parado depois de bater o carro em um muro e teriam saído atirando contra os policiais. Na ação, os militares ainda balearam dois acusados de terem confrontado a PM e prenderam outros dois.

Edevan Lopes de Oliveira, 23, morreu no local; Rafael Soares Meira, 20, foi encaminhado ao Hospital Cajuru em estado grave e ainda não há informações sobre o quadro clínico na manhã desta segunda-feira. Júlio César de Souza Júnior, 27, e Diego Fernandes de Souza, que não teve a idade divulgada – mas, de acordo com a polícia é um adulto - foram presos.