O primeiro jogo foi uma verdadeira "guerra", mas o Paraná saiu vitorioso com o convincente placar de 2 a 0| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

Maringá – O primeiro resultado da visita do Coordenador Nacional de Combate à Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, na semana passada, já começou a ser sentido nos 30 municípios da 15.ª Regional de Saúde, no Norte e Noroeste paranaense. O trabalho de prevenção e combate, que era feito conforme decisão de cada município, passou a ser orientado pela Regional. "Queremos direcionar os trabalhos, porque o poder público não tem responsabilidade sozinho", disse o diretor da 15.ª Regional de Saúde, em Maringá, Antônio Carlos Pupulin. "Sem a participação da comunidade não é possível resolver o problema."

CARREGANDO :)

Entre as ações estão a participação de outras secretarias municipais, como a de Educação, que está pedindo para os alunos orientarem os pais em casa. Também estão sendo feitos mutirões e aplicação de fumacê com bombas costais. A intenção é fazer com que todos os municípios apliquem medidas para destruir os focos do mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue.

Das 30 cidades cobertas pela 15.ª Regional, 21 já têm casos de dengue confirmados. Maringá lidera com 719 confirmações e 3.075 notificações, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Dados da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) da semana passada informam que Paiçandu aparece em segundo, com 245 casos positivos, seguida por São Jorge do Ivaí, com 94 confirmações. A seguir vêm Doutor Camargo (54 casos) e Itaguajé (31).

Publicidade

A Sesa informou que vai divulgar dados somente uma vez por semana, sempre nas sexta-feiras. Os últimos números do estado são do dia 5 deste mês. O Paraná contava com 4.098 casos positivos, sendo 3.741 autóctones (de origem local), 326 importados, 30 em investigação e um de dengue hemorrágica, que causou a morte de uma mulher em Londrina no mês passado. A dengue também matou um aposentado em Doutor Camargo, no mês passado.

São Jorge do Ivaí (a 45 quilômetros de Maringá) tem 5,9 mil habitantes e declarou guerra à dengue. "Todos estão trabalhando contra a dengue aqui na cidade", declarou o chefe de gabinete Francisco Carlos Navarro. Segundo ele, três mutirões foram feitos nos últimos 30 dias, mobilizando cerca de 200 pessoas. A prefeitura, escolas e parte do comércio foram fechados para que a maior parte das residências fossem visitadas. A prefeitura dispõe de apenas 11 funcionários entre agentes de saúde e da vigilância sanitária que visitam os bairros. Nos arrastões os voluntários ajudaram a recolher lixo, limparam quintais e jogaram soluções com veneno (não nocivo à vegetação) para matar o mosquito entre as árvores.