• Carregando...
Incêndio teria atingido 20 hectares de vegetação na quinta-feira (4), segundo estimativa do Corpo de Bombeiros | Eugênio Celso Vaz de Mello/Defesa Civil do Paraná
Incêndio teria atingido 20 hectares de vegetação na quinta-feira (4), segundo estimativa do Corpo de Bombeiros| Foto: Eugênio Celso Vaz de Mello/Defesa Civil do Paraná

O incêndio que destruiu parte da vegetação de um morro na região do Parque Estadual do Pico Paraná, em Campina Grande do Sul, região metropolitana de Curitiba, na quinta-feira (4), ainda mantém, nesta sexta-feira (5), uma equipe de 55 pessoas, entre bombeiros e voluntários, no local. O grupo está mobilizado para impedir um novo grande incêndio, combatendo os focos que permanecem após mais de 24h. De acordo com o tenente Eduardo Gomes Pinheiro, da Coordenadoria de Defesa Civil do Paraná, há grande dificuldade para se combater as pequenas queimadas, que ocorrem em diversos pontos isolados e em regiões de difícil acesso.

"O incêndio começou em uma linha contínua, mas vários focos devem ter ficado espalhados após o controle das chamas", diz Pinheiro. As chamas tiveram início na noite de quarta-feira (3) e as equipes de combate chegaram por volta das 6h de quinta. O trabalho no local foi interrompido no início da noite e retomado nesta manhã.

O incêndio se concentra no morro Tucum, localizado próximo à rodovia BR-116 (que liga Curitiba a São Paulo), na porção Norte da Serra do Mar. Os bombeiros utilizam um helicóptero, além de bombas costais (semelhante a um pulverizador) com capacidade para 20 litros de água e abafadores para controlar as chamas.

De acordo com Pinheiro, uma propriedade rural próxima ao local está servindo de base para o pessoal. Participam do combate ao incêndio bombeiros militares, agentes da defesa civil dos bombeiros comunitários de Campina Grande do Sul, técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e voluntários.

A estimativa da equipe que esteve no local é que uma área de aproximadamente 20 hectares foi consumida pelo fogo na quinta-feira. Nesta sexta-feira, a Defesa Civil afirma que ainda não é capaz de estimar a extensão total da área afetada. "Não dá para calcular, por serem vários pontos distintos onde as chamas permanecem, sem continuidade ou uma chamada frente de fogo", diz o tenente da Defesa Civil. Ainda não se sabe o que causou o incêndio. "O levantamento das causas deve ser feito após o controle total dos focos, pelos técnicos do IAP".

Tempo

Se as previsões do Instituto Tecnológico Simepar se confirmarem, o tempo pode ajudar no combate aos focos de incêndio a partir deste sábado (6). De acordo com o meteorologista Samuel Braun, há possibilidade de chuvas a partir da noite nesta sexta-feira, mas com menor intensidade. "Devem aparecer pontos isolados de chuva, o que pode não ajudar muito", explica. "A partir do sábado a instabilidade deve se acentuar, e há possibilidade bem maior de que atinja aquela área".

Parque

O Parque Estadual Pico do Paraná foi criado em 2002 e possui 4,3 mil hectares de mata atlântica. O parque abriga algumas das maiores formações rochosas do estado, entre as quais, o Pico do Paraná, o Ibitirati, o Ciririca, o Agudo da Cotia. O Pico Paraná com 1.877 metros é o mais alto do Sul do país.

Em setembro do ano passado, um incêndio destruiu 70 hectares na divisa entre os parques estaduais Pico Paraná e Roberto Ribas Lange. O fogo consumiu completamente o Morro Getúlio, que integra o conjunto de montanhas.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]