Menos pobreza - Indicadores mostram queda da miséria no estado
O Paraná é o segundo estado brasileiro com o menor número de pessoas abaixo da linha da miséria (renda per capita inferior a R$ 125 por mês). O índice de famílias nesta situação caiu de 15,69%, em 2002, para 9,79%, em 2006. O Paraná perde apenas para Santa Catarina, que possui 4,7% de famílias nessa situação. Este e outros indicadores socioeconômicos foram apresentados ontem, durante a Escola de Governo, pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Para a comparação, a entidade utilizou dados da pesquisa "Miséria, Desigualdade e Políticas de Renda" da Fundação Getúlio Vargas.
Segundo o presidente do Ipardes, José Moraes Neto, a redução do índice se deve a aplicação de políticas públicas. "A diminuição da pobreza no Paraná comprova que o compromisso assumido com políticas públicas tem se concretizado numa melhoria expressiva na condição de vida dos paranaenses", afirmou.
Ainda de acordo com os dados apresentados por Moraes, no período compreendido entre 2003 e 2006, o Paraná teve um significativo avanço na geração de emprego. "Pela primeira vez desde 1992, o índice de emprego formal superou o informal", analisa Moraes Neto. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) mostraram que, de 2002 a 2006, o Paraná teve 82,2% das pessoas ocupadas no mercado formal. O número total de pessoas ocupadas no Paraná em 2006 era de 5,4 milhões, deixando o estado em quarto lugar no ranking brasileiro, atrás de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Um índice apresentado que pode tornar-se preocupante é a queda na taxa de fecundidade. No ano passado, em média cada mulher paranaense tinha 1,7 filho. "A população do Paraná já não se repõe mais. Para haver reposição é preciso alcançar taxa de pelo menos 2,1 filhos por mulher", explica Moraes Neto. (TC)
O governo federal e o governo do estado assinaram ontem um documento prevendo ações para combater a fome no Paraná. O acordo estipula investimento na criação de cozinhas comunitárias, bancos de alimentos e restaurantes populares em várias regiões paranaenses. No total, o governo federal repassará R$ 7,4 milhões para as ações.
O "memorando para ações conjuntas em segurança alimentar e nutricional" foi assinado pelo ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, e pelo governador Roberto Requião, durante a reunião semanal do secretariado do estado.
Os bancos de alimentos serão criados nas centrais de abastecimento de Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel. Um programa de melhoria nutricional de alimentos básicos também será realizado pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). A ampliação da Compra Direta da Agricultura Local e do Programa de Aquisição de Alimentos em Foz do Iguaçu e Cascavel também está prevista.
Maringá deverá ganhar um restaurante popular. O restaurante funcionará nos mesmos moldes do que foi implantado em Curitiba neste ano. Ontem, a unidade da capital, atingiu pela segunda vez a sua capacidade máxima, de 2 mil refeições por dia.
Uma unidade de distribuição descentralizada será criada em Toledo e cozinhas comunitárias serão implantadas em Centenário do Sul, Ribeirão do Pinhal, Bom Sucesso, Rancho Alegre, São Pedro do Paraná, Guapirama, Ubiratã, Laranjal, Inajá e Santa Inês. "Estamos avançando na área social, integrando o social com o econômico para atingir o verdadeiro desenvolvimento integral. Vejo um espaço enorme para que possamos consolidar e ampliar nossas políticas", afirmou Ananias.
Segundo dados apresentados pelo ministro, R$ 23,2 bilhões são investidos na execução de programas sociais (programas de transferência de renda, de assistência social e de segurança alimentar) que atendem 64 milhões de brasileiros 34% da população. Só o Paraná recebe, por ano, R$ 996,8 milhões para a execução destes programas, que beneficiam 3,1 milhões de pessoas no estado. O Bolsa Família, maior programa de transferência de renda do país, destina R$ 27,8 milhões por mês para 423,5 mil famílias paranaenses.
De janeiro a julho de 2007 foram repassados R$ 406,5 milhões para 694 mil atendimentos no estado por meio dos programas de assistência social. Já os repasses para os programas se segurança alimentar alcançam R$ 29,4 milhões para o atendimento de 938 mil paranaenses.
Dia Mundial
A reunião do secretariado contou também com a participação do representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil, José Tubino. O representante da FAO discursou sobre o Dia Mundial do Alimento, que será comemorado em 16 de outubro. Este ano, o tema proposto pela FAO é "O Direito à Alimentação".
"A insegurança alimentar afeta cerca de 800 milhões de pessoas. O direito à alimentação requer mudanças de paradigma. Deve deixar de ser entendido como caridade para ser um direito", afirmou Tubino. Levantamento da FAO mostra que o Brasil é considerado por organismos internacionais e por outros países referência no combate à fome e à pobreza.
Anteprojeto
Requião aproveitou a reunião da Escola de Governo para assinar também o anteprojeto da Lei Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, que propõe a criação da Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná, estabelecendo as responsabilidades do estado e da sociedade civil nas políticas de garantia do acesso ao alimento.
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