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Novos equipamentos estão em fase de testes e devem entrar em operação no próximo dia 6 | gerson klaina/tribuna do parana
Novos equipamentos estão em fase de testes e devem entrar em operação no próximo dia 6| Foto: gerson klaina/tribuna do parana

Um dia após a publicação da reportagem que mostrou a abertura de uma investigação no Ministério Público do Paraná (MP) para apurar suspeita de fraude na gestão do sistema de bilhetagem das linhas metropolitanas, a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) emitiu uma nota para garantir que terá controle total do sistema e que a autorização dada à Metrocard foi condicionada à apreciação do projeto técnico pela Celepar e ao atendimento de critérios rígidos de fiscalização e transparência pública.

MP abre investigação sobre suspeita de fraude na bilhetagem metropolitana

Protocolada no início do mês, denúncia expôs risco de que nova gestora do sistema manipule dados a favor das viações, já que ambas fazem parte do mesmo grupo empresarial

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Decisão do TC não deve reduzir a tarifa de ônibus em Curitiba

Pela determinação do órgão, prefeitura poderá reduzir a tarifa repassada às empresas de ônibus em R$ 0,33. Mas a conta não deve chegar aos R$ 3,30 pagos pelo usuário

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A análise do caso será feita pela promotora Cláudia Cristina Martins Madalozo – da promotoria de Proteção ao Patrimônio Público. Ela recebeu uma denúncia anônima que aponta para o risco de que os dados do transporte metropolitano sejam manipulados para serem apresentados à Comec. Os novos validadores dessas linhas serão gerenciados pela Metrocard, associação sem fins lucrativos formada pelas próprias viações.

Segundo o denunciante, “tal possibilidade se mostra concreta diante de possíveis práticas adotadas pela Transdata no âmbito do Distrito Federal”. Na capital federal, o Tribunal de Contas local entendeu que a bilhetagem deveria ser gerida por empresa sem vinculação com as viações. O órgão também apontou para falhas técnicas que indicavam vulnerabilidade do sistema. A Transdata, fornecedora dos equipamentos do distrito federal e das linhas metropolitanas integradas de Curitiba, refuta os problemas e as acusações.

Segundo a Comec, o risco apontado pelo denunciante não existe na região metropolitana de Curitiba. O órgão afirma que o novo sistema de bilhetagem permitirá o acompanhamento, em tempo real, do transporte, possibilitando o controle e o gerenciamento da frota, sua operação, pontos de conflito e sobrecarga, bem como o carregamento de passageiros e estatísticas. Disse também que apenas seguiu uma lei federal ao permitir que as próprias viações façam o gerenciamento da bilhetagem.

Curitiba

Na capital, esse papel é desempenhado pela Urbs – que administra um fundo público onde são recebidas as tarifas pagas com cartão-transporte. Os recursos desse fundo são atualizados diariamente no Portal da Transparência do município, portanto ao alcance de qualquer cidadão. Mas o sistema da capital não passa incólume a polêmicas.

No último dia 29, o Tribunal de Contas do Paraná (TC) publicou acórdão no qual sugere que a prefeitura faça uma licitação da bilhetagem. À época em que a Dataprom foi contratada, ocorreu uma subcontratação via Instituto Curitiba de Informática (ICI) – órgão que já não participa mais da bilhetagem da cidade. Desde o final de 2013, todo o sistema de prestação de serviços de implantação e manutenção da bilhetagem da cidade, incluindo os validadores, foi entregue à Urbs. Atualmente essa manutenção continua a cargo da Dataprom. Mas a empresa vinculada à prefeitura já anunciou que pretende licitar o serviço, o que vir acompanhado de novos equipamentos.

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